Apesar da crescente nos últimos anos, a visibilidade das mulheres na cena do rap/funk ainda é bem menor que a dos caras. Mesmo com este cenário, dá pra afirmar que o que não falta são mulheres talentosas na música, o que falta é uma curadoria cuidadosa que possa proporcionar a mesma visibilidade para artistas femininas que os homens têm no mercado. Pensando nisso, hoje nós trouxemos 10 nomes de peso pra você começar a acompanhar agora mesmo, se liga aí!

MC Luanna

Cria de Ubaitaba, região da Bahia, MC Luanna se mudou para São Paulo ainda na infância. Hoje aos 26 anos, a cantora vem ganhando destaque na cena do rap/funk paulista e segue celebrando grandes conquistas desde o lançamento do seu primeiro single “Kit Rosa“, atualmente com mais de 78 mil visualizações no Youtube. O EP “Maldita“, que foi lançado em 2022, já acumula mais de 585 mil plays no Spotify.

Recentemente, a funkeira lançou o EP “44“, projeto em que a cantora abre o seu coração para falar de suas dores, anseios e amores, e traz à tona detalhes de experiências vividas desde a infância como Luana até se tornar a MC Luanna. Falamos aqui sobre eu lançamento mais recente.

N.I.N.A

Diretamente do Rio de Janeiro, “a bruta, a braba, a forte” mais conhecida como N.I.N.A, é uma artista que chegou com tudo. A cantora iniciou a sua carreira como DJ, se aventurando com as misturas de ritmos, até que viu a possibilidade de se inserir no meio musical como rapper, se encontrando no hip-hop e no funk. 

Hoje aos 22 anos, a artista que se lançou como MC há apenas um ano, e já faz bastante sucesso nas plataformas musicais. Em abril, N.I.N.A fez a estreia de “Pele”, seu primeiro álbum e que já acumula mais de 5,8 milhões de reproduções só no Spotify. 

Ajuliacosta

Nas ruas, na rima e na moda, a famosa Júlia Roberta da Costa, mais conhecida como Ajuliacosta dá o seu nome! A empreendedora, dona da marca Ajuliacosta$hop, sempre aliou o seu talento musical com a costura para criar algo totalmente inovador. Por influências da mãe e da avó, a artista começou a costurar com apenas 13 anos de idade e também foi na adolescência que ela teve contato com o Hip-Hop, o que a ajudou a se sentir potente para agregar as duas profissões em sua caminhada.

Este ano, para alegria dos fãs que já acompanhavam a trajetória de Júlia, o tão esperado EP “Aju” foi lançado em todas as plataformas. Com o total de seis músicas, não demorou pra que a galera da internet começasse a usar as músicas da cantora nos vídeos e legendas dos conteúdos.

Slipmami

Por volta de 2019, lá no Rio de Janeiro surgia mais uma estrela do trap: Slipmami. Natural da Vila Urussaí, Duque de Caxias (RJ), a dona “malvadeza” ficou primeiramente conhecida com o nome slipknstot — por ser fã da banda Slipknot — e seu trabalho com shit-rap no SoundCloud e Youtube.

Atualmente a cantora, que assina com o selo Heavy Baile Sounds, tem ganhado destaque na cena musical por causa de suas letras, que de forma explícita falam sobre sexualidade e vivências pessoais que abordam racismo e machismo vivenciados no dia a dia, isso além de trabalhar a autoestima da mulher preta e periférica, fazendo com que elas se sintam as verdadeiras “gostosas posturadas“.

Seu último lançamento foi a música “Oompa Loompa“, com LARINHX & Leo Justi e que já soma mais de 1.8 milhões de visualizações no Youtube. 

Tasha e Tracie

As gêmeas mais famosas do momento não param de tocar Brasil afora! Tasha e Tracie tem sido um dos nomes mais cobiçados do rap feminino nacional e desde 2019 a dupla tem mostrado a sua potência. Depois do sucesso do EP “Rouff”, as artistas do Jd. Peri, Zona Norte de São Paulo, ganharam destaque na cena e chegaram a gravar com outros grandes nomes da música, como Bivolt, Kyan, Yunk Vino, Mu540, Onnika, Pizzol, Veigh e muito mais!

Este ano, os nomes das gêmeas apareceram na maioria das lines dos festivais brasileiros, mostrando que a presença das duas já se tornou indispensável. O último lançamento da dupla, “Willy“, veio como uma love song, aquela que só de ouvir já lembramos de alguém em especial. No Youtube a faixa soma 1,4 milhões de visualizações e segue crescendo nas plataformas.

Mac Julia

Desde os 12 anos, a mineirinha Mac Julia já escrevia suas primeiras letras. Apesar de na época seguir um estilo totalmente diferente do de hoje, foi naquele momento em que Julia descobriu que nasceu pra fazer música. Sempre inserida no meio artístico, foi na rua que a cantora começou a explorar o seu potencial e mergulhar ainda mais na cultura de batalhas de rima. Aos 16 anos foi quando surgiu a primeira oportunidade de gravar um som no estúdio, música que foi lançada pelo canal da SPC Records e daí em diante foi só sucesso!

Atualmente, Mac Julia não é apenas conhecida em sua região natal — Betim, Minas Gerais — mas sim na maior parte do território brasileiro. Desde 2018 a cantora tem vários singles, EPs e álbuns lançados, além de parcerias com grandes nomes da música nacional, como L7nnon, Vhoor, FBC, WS da Igrejinha e muito mais. O seu lançamento de maior sucesso foi a música “Sofá, Breja e Netflix”, em parceria com Pejota e que soma mais de 69,2 milhões de acessos no Youtube.

Ebony

Diretamente do Rio de Janeiro, a rapper Ebony é uma daquelas cantoras que é difícil não se impressionar com o talento. Seu primeiro som foi produzido completamente em um aplicativo que modela a voz e tem um catálogo de beats para rimar em cima. Após gravar, soltou nas redes sem pretensão, os números foram crescendo e seu trampo repercutindo na cena, isso tudo de forma independente. 

Em 2021, Ebony lançou “Visão Periférica”, seu álbum de estreia na indústria musical e que conta com 10 faixas e festa com nomes importantes da cena nacional, como Urias, BK, Borges e Yunk Vino. Atualmente, este álbum da cantora segue com mais de 3,7 milhões de reproduções no Spotify e em ascensão. 

Bivolt

Aos 27 anos, a rapper paulistana Bárbara Bivolt já é um fenômeno nacional. Desde os seus 15 anos, a cantora vive de fato a cultura hip hop e começou sua trajetória nas batalhas de rima, espaço em que conseguiu se destacar. De lá pra cá a artista veio mostrando toda sua versatilidade e talento, e com isso conseguiu atingir vários marcos importantes em sua carreira, sendo uma grande referência feminina dentro do rap.

Em 2017, Bivolt ficou sob os holofotes por ser a primeira rapper brasileira a cantar no Rock in Rio. Já em 2020, a cantora foi indicada ao Grammy Latino  na categoria “Melhor Vídeo Musical Versão Curta”, pelo clipe de “Cubana“, quinta música de seu álbum de estreia. E pra quem acha pouco, saiba que ela já teve até foto estampada na Times Square em uma ação do Spotify. Seu último lançamento foi a música “Palam Gang”, em parceria com Dada Yute e Rincon Sapiência.

ABRONCA

Crias do Morro do Vidigal, comunidade do Rio de Janeiro, a dupla My e Jay começaram a carreira ainda na adolescência e fizeram um enorme sucesso em 2014, época em que usavam o nome “Pearls Negras” e chegaram a fazer turnê na Europa. De lá pra cá muita coisa mudou e após um tempo paradas, a dupla retornou ao cenário musical com um nome e sonoridade diferente, se autodenominando “ABRONCA”.

Em 2019, as artistas foram atração no Espaço Favela do Rock in Rio e desde então vem se consolidando na cena do rap nacional. Atualmente, ABRONCA acumula vários sucessos, incluindo a faixa “Drinks”, que possui mais de 2,8 milhões de visualizações no videoclipe oficial e “Gangsta”, que já ultrapassa 2,6 milhões de reproduções.

Laura Sette

Nos últimos anos, a mineira Laura Sette tem dado o que falar. Desde 2018, a aposta do selo A Quadrilha de Djonga, tem lançado suas faixas nas plataformas musicais e tem feito muita gente se identificar com suas letras. Com mais de 42 mil ouvintes mensais no Spotify, a artista já acumula grandes conquistas e parcerias, incluindo Budah, Djonga, Ashira e várias outras grandes potências do rap nacional.

Um dos seus maiores sucessos e o que a colocou em evidência na indústria musical, foi o single “Diferenciada”, lançado em 2019 e que atualmente possui mais de 793 mil visualizações no Youtube. Além disso, recentemente Laura Sette lançou o single “Basic B*tch”, onde dá a letra sobre a importância da autenticidade com versos debochados e característicos.

E aí, gostaram da nossa lista? Compartilha com a gente quais são as minas que não param de tocar no seus fones