“Malokera”: veja os bastidores do videoclipe
A esta altura o Brasil todo já está com “Malokera” ecoando na cabeça, naturalmente um hit desses precisa vir acompanhado de um clipe a altura, simples e criativo, desses pra colar no loop e se divertir caçando as referências. Colocamos na gravação do videoclipe e agora o Portal KondZilla te conta tudo sobre este trabalho.
Um estúdio com chrome key na zona portuária do Rio de Janeiro foi o local escolhido para a maior parte das filmagens de “Malokera”, pedrada do MC Lan, com Ludmilla e o gringo Ty Dolla Sign sobre a base chiclete do Skrillex e Troyboi. A batida limpinha que combina o bate-panela do funk paulistano numa pegada trap conquista pela simplicidade, assim como a ideia do clipe, que traz referência aos clipes de chroma key da MTV dos anos 90, com vários cenários de computação gráfica revezando-se ao fundo e referências escancaradas a LL Cool J e Tupac Shakur nos figurinos do MC Lan que ainda arrisca lançar um passinho novo imitando uma “laçada” e que ele espera ver se repetido por multidões em seus shows.
Segundo Lan, “Malokera” “é uma homenagem a ‘Golden Era’ do hip hop, mas também a Golden Era das mulheres, você vê a Cardi B tá aí, mas naquela época você tinha Salt’n’Pepa, Queen Latifah, mina pra caramba arregaçando e mandando só visão naquela época” explica Lan, que convidou Ludmilla pra carregar essa tradição.
Trata-se de uma homenagem às mulheres daquela década que influenciam nossa geração. “As mulheres de poder, as verdadeiras mulheres, que não dependem de homem pra nada, que acordam todo dia cedo, estudam, trabalham, cuidam dos filhos. A mina que tá no seu corre diário, independente de ajuda ou não. Nada melhor que a Ludmilla, para simbolizar a Malokera. Uma pessoa humilde e guerreira que veio do funk proibidão, que conquistou chegar lá sem pisar em ninguém”.
Logo após o MC Lan abrir o som entregando o refrão, rola um efeito onde o cenário gira e ele se transforma na Ludmilla. Para produzir esse efeito, os MCs tiveram que literalmente “se jogar”, no caso em cima de um colchão coberto com um pano verde. A desconfiança das primeiras “quedinhas” foi logo substituída por um profissionalismo digno de dublê de Hollywood e rendeu várias risadas no set.
A aproximação do funk com o trap se deu através do direct do Instagram. Lan sempre foi fã do Skrillex e mandava mensagens pra ele, que demorou dois anos pra responder e engajar numa troca de ideias e sons que resultou em “Malokera”, uma músicas que eles vão lançar juntos em trabalhos futuros. “Ele gosta muito de funk, e é o rei do dubstep, que tem toda essa loucura de graves, então ele disse ‘mano, a gente pode misturar isso’. Porque o funk é a música eletrônica do Brasil, é parte de nossa cultura, tem tudo a ver os EUA, a África e outros países abraçarem esse gênero, o mundo é um só” explica Lan, “O Funk vai dominar o mundo!”.
A mesma insistência em fazer contato via instagram aproximou Lan de outros artistas que ele admirava como Ja Rule, Ty Dolla, Tyga dentre outros. “Irmão, vou falar pra você, o mundo é gigante, e ao mesmo tempo muito pequeno. Tudo é questão de oportunidade e chance, se você souber agarrar essa oportunidade e chance você vai chegar lá, agora se você ficar esperando na cama o Justin Bieber bater na sua porta, é bem provável que ele não fale ‘Sorry’ pra você”.