12 molas ou 4 molas: afinal, por que o Nike Shox é tão querido?
Como boa parte sabe, o Nike Shox surgiu lá em 2000 para ser utilizado na corrida — as molas na sola não faziam parte de um mero detalhe do design, e sim desenhadas especificamente para ser uma tecnologia que absorve impacto.
O principal foco para o desenvolvimento do tênis, projetado pelo designer Bruce Kilgore, era que o shox pudesse auxiliar os corredores. Isso começou a ser pensado em 1984, muito antes do lançamento.
O primeiro tênis da linha foi o Nike Shox R4: Shox se referia ao nome da tecnologia, R a running e 4 ao número de molas, por aqui ele também era chamado de “Tubarão”.
Em seguida veio o BB4, dessa vez desenhado por Eric Avar, e neste lançamento o ‘BB’ significava basketball. Esse Shox ficou marcado pela enterrada do famoso jogador de basquete Vince Carter, em sua jogada Dunk of Death (enterrada da morte), simplesmente o atleta considerado o melhor de enterradas no basquete de todos os tempos. Em uma entrevista, o também jogador de basquete Lebron James comentou: “Vince fez crianças acreditarem que podiam pular como ele, se usassem um Nike Shox“.
Na sequência, vieram mais versões do Shox: teve o Stunner, desenhado por Aaron Cooper, o Glamour desenvolvido para a famosa tenista Serena Williams em 2004, e então chegou o TL — mais conhecido como 12 molas.
Popularização no Brasil
No Brasil, o funk foi o canal que impulsionou o estilo. O tênis não era barato, mas estourou nas periferias, também fazia parte da ascensão do estilo ostentação.
Citado em muitos funks, o tênis de corrida já representa uma identidade própria no Brasil, não há quem conheça e não assemelhe o Shox ao funk ou a periferia. O tênis que parou de ser fabricado em muitos países e resistiu no Brasil, devido ao alto número de vendas, passou também por collabs e relançamentos, mas deixou de ser comercializado oficialmente pela Nike em 2021.