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União do rap nacional com o funk é o futuro da cena

16.12.2020 | Por: Karolyn Andrade

O rapper Rincon Sapiência já deu o papo: “funk é filho do gueto, assuma“, analogia que fala sobre o gênero também pertencer a cultura de rua. Originários do mesmo berço musical, o rap e o funk brasileiro tem um grande destaque no mercado. A união entre os artistas das duas cenas estão cada vez mais frequentes entre feats, inspirações de batidas e muito mais. Cola no Portal KondZilla que a gente bateu um papo com Derek e KayBlack para te contar esse movimento. 

Ambos os gêneros foram criados na mesma fábrica musical, com o mesmo intuito de ampliar a voz da periferia, os estilos abordam vivências da estrutura racista e excludente da sociedade. As letras dos sons sempre foram um meio de gritar por atenção e passar a visão para a mulekada. São extremamente importantes para a cultura geral, por ser um veículo de comunicação das quebradas. 

“Muita gente tem visto que o funk e o rap têm que andar juntos. Fico feliz de fazer parte disso. Antes, eu via que era uma coisa muito separada e começou a aparecer uns pioneiros, tipo o Kyan, misturando os dois ritmos e pensei – ‘Cara, preciso colocar os dois estilos que eu gosto juntos’. Hoje tá todo mundo unido e virou uma coisa só. Tudo é arte de periferia”, passou a visão Kayblack em uma entrevista para o Portal. 

O movimento de união está acontecendo faz um tempo, já ouvimos excelentes parcerias como: caso de Djonga, Delano e MC Hariel com “Deus É Família”, Mano Brown e Naldo Benny em “Benny & Brown“, da parceria da Recayd Mod e o MC Rick nasceu: “Desce Novinha“. Além dos mais recentes, “Não é conselho é visão“, KayBlack feat e MC Ryan SP, e “Vergonha para Mídia”, parte 1 e parte 2.

“O funk é muito mais solto, consegue abordar temas de maneiras muito mais fáceis, com palavras mais fáceis, com temas diversos. O rap é fechado, não o trap – o trap é mais aberto, mas o rap é muito fechado com quais temas ele vai abordar e o que você tem que falar. O funk tem diversos artistas que abordam temas variados, por exemplo: tem MC que faz funk consciente, funk de putaria, funk dançante”, relata Derek.

O funk e o rap são movimentos culturais, os artistas que movimentam a cena influenciam milhares de jovens da periferia e alcançaram a alta classe com alguns subgêneros. 


A união dos dois é essencial como diz Derek: “O funk está conseguindo trazer muito público do trap e o trap muito público do funk, então a tendência é cada vez mais os públicos se unirem, conseguir ter um festival de funk com trap, com atrações grandes do funk e do trap. Acho que 2021 vai acontecer muito”.

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