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Negros são maioria nas universidades públicas, mas desigualdade social continua

13.11.2019 | Por: Redação

O racismo, infelizmente, ainda é algo muito presente na vida do brasileiro, mesmo com o crescimento de pautas sobre preconceito e diversidade. Ainda que a sociedade esteja debatendo mais e mais sobre as minorias, ainda temos muito o que lutar. O IBGE soltou o estudo “Desigualdades Sociais por Cor e Raça no Brasil“, com dados atualizados sobre a questão da desigualdade. Pega a Visão.

Um dos dados legais da pesquisa é que pela primeira vez na história, os negros são mais de 50% das vagas nas universidades públicas. No ano de 2018, o Brasil registrou mais de 1,14 milhão de estudantes que se declaram como negros e pardos, enquanto os brancos ocupavam 1,05 milhão das vagas.

O principal motivo para essa conquista é o sistema de cotas, que reserva uma parcela de vagas para pessoas negras e pardas, além dos outros sistemas, como o de renda, que ajudou muitas pessoas a entrarem no ensino superior.

Em relação ao mesmo estudo de 2016, o número de negros na universidade privada também cresceu. Antes, a porcentagem era de 43% e agora passou para 46,6%.

Mercado de trabalho

Apesar dos negros e pardos estarem mais escolarizados, no mercado de trabalho, o racismo ainda é escancarado. Os negros e pardos ainda são a maioria no número de desempregados e subutilizados, sendo 64,2% em relação aos brancos sem trampo. Quando falamos sobre trabalho informal, a população negra também é maioria, sendo 47,6%.

Enquanto brancos tiveram um salário mensal médio de R$ 2.796, os negros e pardos somaram apenas R$ 1.608 de grana. Os cargos de gerência das empresas também mostra desigualdade: apenas 29,9% das vagas eram ocupadas por negros e pardos.

Fazendo um recorte sobre as minas negras, a pesquisa do IBGE apontou que elas receberam, em 2019, apenas 44% do salário de um homem branco.

Violência

Em questão de violência, não precisamos ir longe para ver como o racismo está presente. Recentemente, Rafael Santana foi preso acusado de roubar um celular, mas na hora do assalto, ele estava trabalhando e isso é só um caso de racismo no quesito violência e injustiça.

Segundo o IBGE, a taxa de homicídios para negros e pardos entre 15 e 29 anos chegou a 98,5, em 2017, contra 34 para brancos. O recorte para jovens negros homens, a taxa sobe para 185. A população negra tem cerca de 2,7 mais chances de ser vítima de um assassinato.

A pesquisa do IBGE apresenta um Brasil que ainda está longe do ideal. Apesar do crescimento das pautas sobre minorias, debates sobre preconceito e inclusão, ainda não chegamos num patamar de igualdade social.

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