Entrevista

MC L da Vinte, expoente do Funk mineiro

31.10.2018 | Por: Kondzilla Portal

“Eeeeeeeu, parado no bailããão…”. Você conhece esse refrão?! “Parado no Bailão” é uma das músicas do momento e um dos autores dela é o mineiro MC L da Vinte. Autor também de “Coração“, “Já Tá Na Hora” e “Hoje É Dia de Plantão“, o cantor trocou uma ideia com o Portal KondZilla sobre o grande momento que vive o funk de Minas Gerais, sua carreira, seu amor pelo trap e pelo reggaeton e, claro, sua ligação com o pintor Leonardo da Vinci (sim, o nome artístico do MC é inspirado nele).

Aqui no Portal KondZilla, já explicamos a importância do funk de Minas Gerais para o Brasil e como ele revolucionou no quesito “produção musical”, sendo o movimento liderado pelo MC Delano. Mesmo sendo da “nova geração”, MC L da Vinte se diz “feliz com o passado e presente do funk de Minas”, mas acredita que o futuro vai ser ainda melhor.

“A gente quer evoluir ainda mais. A galera de Minas trabalhou muito pra chegar onde estamos hoje, o resultado e o reconhecimento faz parte dessa parada. Queremos chegar num lugar melhor ainda, vamos chegar mais longe. Somos falado por todo o Brasil, mas ainda não estamos em alta. Vamos evoluir muito ainda”.

Logo de cara, uma das coisas que chama a atenção é o nome artístico que Leonardo Miranda de Souza, de 19 anos, usa. Uma referência clara ao pintor italiano Leonardo da Vinci. Porém, no melhor estilo “pode copiar, mas não faz igualzinho”, o cantor deu uma adaptada na situação.

“No começo, meu nome artístico era MC LD, meio que uma abreviação de Leonardo. Mas tinha um outro MC com o mesmo nome, daí pra não ter confusão decidi trocar e escolhi L da Vinte. Eu sou fã dele como um artista, ele foi foda não só pintando, é uma referência e tem o seu nome lembrado. Eu quero isso também, quero as pessoas lembre de mim daqui anos e anos”.

Para ser lembrado, é preciso ter trabalhos consagrados. Se o pintor da Vinci tem Mona Lisa, o da Vinte tem “Parado no Bailão”, que já bateu mais de 60 milhões de visualizações no YouTube em menos de 3 meses de publicação. Porém, se engana que o moleque de Minas tá emocionado com os contadores da internet.

“A música foi feita na hora mesmo, eu e o meu parceiro MC Gury fomos pro estúdio e fizemos a música na hora. É tipo uma conquista, né?! Eu sempre quis bater um milhão. Bateu 10, eu já quero bater 100 milhões”, conta, emocionado. “É algo que fico feliz, é uma coisa legal ver seu trabalho reconhecido e na boca do povo, mas não fiquei emocionado não”.

Leonardo explica que o funk tá na veia desde criança, muito por conta dos funks cariocas que invadiram Minas Gerais e o Brasil como um todo – e depois se seguiu da onda dos paulistanos que dominaram o mercado na virada da década. Agora, o cantor diz que tá na onda do trap e do reggaeton e já imagina parceria com artistas da gringa.

“Quando criança, sempre curti os MCs do Rio, como o Tikão e o Frank. Depois, vi uns moleques como o MC Pedrinho cantar e meio que me espelhava nele, ele era moleque igual eu e tava ali, cantando e fazendo sucesso. Foi daí que surgiu minha vontade de cantar funk. Hoje, escuto muito trap e reggaeton, sou fanzaço do 6ix9ine e do Ozuna, eles influenciam muito no que é o artista L da Vinte. Agora eu quero muito aprender outras línguas para fazer uma parceria internacional”.

Com o estilo mineiro de cantar e produzir uns sons autênticos, o funk de Minas vem ganhando seu espaço no disputado mercado do funk. Parado no Bailão é sucesso e ainda vai tocar bastante nos bailões de rua.

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