3 músicas para relembrar o eterno Felipe Boladão, 10 anos depois de sua morte
Pra quem viveu o funk paulistano nos anos 2000, falar em funk consciente nos remete imediatamente a Felipe Wellington da Silva Cruz, o eterno Felipe Boladão. É realmente quase impossível pensar em funk consciente e não lembrar de um dos maiores letrista que o gênero musical teve durante sua caminhada até a chegada da nova geração do funk consciente que tem levantado a bandeira. Cola com o Portal KondZilla e vamos juntos relembrar a história de um ícone do funk.
Antes, vamos falar um pouco sobre funk consciente. O que talvez muitos de vocês não saibam é que o gênero musical veio diretamente do Rio de Janeiro, os cria dos morros cariocas quem cantavam o consciente misturado com o proibidão. Era a forma encontrada por eles de relatar os acontecimentos diários nas comunidades, bem, como a falta da presença do estado.
Com isso, o funk consciente conquistou o seu reduto em São Paulo, mais especificamente na Baixada Santista. Já em cenário paulista o gênero ganhou a massa funkeira e se espalhou também pela capital, invadindo as quebradas e dando espaço para outros artistas cantarem para o mundo a realidade das favelas e também passar a visão do certo pra muito menor.
Já sabendo o que é o gênero, bora conhecer algumas músicas do Boladão
1 – A Viagem
Em “A Viagem” Felipe Boladão retrata a partida de seus amigos em forma de canção. Quando lançada a música teve grande repercussão no cenário do funk, quase todas as pessoas que escutavam e escutam o som até os dias de hoje, acabam com os olhos marejados de lágrima. É impossível escutar e não lembrar daquele amigos que se foi por coisas da vida ou até mesmo por se jogar na vida louca.
2 – Tá Difícil
“Tá Difícil” retrata os desacertos do dia a dia, mas passa a visão para molecadinha não desistir mesmo em meio a situações sombrias. Em um dos versos Felipe Boladão dá o papo “Correndo atrás eu vou seguindo a caminhada”, ou seja a vida não pode parar.
A música ainda fala de jogar aquele kit e colar no baile para esquecer os problemas. Afinal, “quem canta seus males espanta”.
3 – Mundo Moderno
Com letras sempre muito melódicas Felipe Boladão tinha realmente o jeito de passar a mensagem. Em “Mundo Moderno” o cantor retrata basicamente o crescimento que encontramos durante os desacertos vividos no dia a dia, principalmente para quem é morador de comunidade. Ainda assim, Boladão faz questão de deixar claro que no final nossa história pode ter um final feliz. A vida para Felipe Boladão era realmente o “Paraíso do lado do inferno” como dita por ele mesmo também em “Mundo Moderno”.
Sobre a morte de Felipe Boladão e seu DJ
Felipe Boladão e seu DJ Felipe da Silva tinham vinte anos de idade quando foram assassinados. Os dois estavam indo para um baile funk na cidade de São Paulo, quando suas carreiras e vidas foram interrompidas.
O crime ocorreu na noite do sábado, dia 10 de Abril de 2010, na Vila Glória, onde o DJ Felipe morava. Enquanto Felipe Boladão e o DJ aguardavam carona, dois indivíduos em uma moto pararam no local e dispararam contra os artistas. Eles chegaram a ser socorridos, mas faleceram a caminho do hospital.
Quase 10 anos depois as mortes seguem sem uma solução.