Funk Consciente

Descubra por que o mês de abril é considerado trágico pela a cultura funk

01.04.2022 | Por: Janaine Fernandes
Descubra por que o mês de abril é considerado trágico pela a cultura funk

Conheça três MC’s que fizeram sucesso na cultura funk mas não estão mais entre nós

E pra quem tá ligado na cultura de quebrada, já deve ter ouvido falar que abril é um mês de luto pro funk.

O motivo se dá pelas mortes de MC’s que marcaram a história e que infelizmente não puderam ver toda a sua ascensão.

O que choca é que grande parte das mortes seguem sem solução e caíram no esquecimento da mídia.

Mas, aqui na Kondzilla o legado deles ficou marcado, servindo de influência para a nova geração.

Por isso, separamos quatro MC’s paulistas que morreram no mês de abril, mas que a arte repercute e impacta o público até hoje. Confira;

Zói de Gato

Dener Augusto, conhecido como Zói de Gato, morreu aos 16 anos depois de um acidente de carro na região de Parelheiros, zona sul de São Paulo.

O artista estava voltando de um show que tinha realizado no baile da Maria Mariah, também em Parelheiros, quando o acidente aconteceu.

Sua morte foi datada na noite do dia 9 de abril de 2009 e completa 13 anos neste mês.

E de acordo com o MP-SP, apenas uma pessoa foi indiciada, porém está foragida. O caso foi arquivado e seguiu sem solução.

Nas suas letras, MC Zói de Gato relatava o orgulho da sua quebrada, bairro Vila Natal, na região do Grajaú, zona sul de São Paulo.

Além disso, ele também descrevia cenas que são comuns até hoje dentro das favelas, como por exemplo a violência policial.

Entre os sucessos do cantor, se destaca a música “Fábrica de Bico” e “Amor só de Mãe”.

Felipe Boladão

Quando a gente fala sobre o funk consciente, com certeza o nome Felipe Boladão fica marcado em nossa memória.

Nas suas letras, o artista relatava as dificuldades dentro da favela e com todo seu talento passava a visão da vivência de quebrada.

Felipe iniciou a sua carreira aos 16 anos, mas infelizmente seu sonho foi interrompido quatro anos depois, quando foi assassinado a tiros juntamente com o DJ Felipe Silva Gomes, que também tinha 20 anos.

Os artistas foram surpreendidos quando duas pessoas desceram de uma moto e abriram fogo contra eles na noite do dia 10 de abril de 2010.

Até hoje, os autores do crime seguem soltos e ainda não foram identificados.

Entre os seus maiores hits, “Quero do Boldo”, “Residência dos Loucos” e “Tony Country” são músicas do cantor que sempre serão lembradas.

Duda do Marapé

Eduardo Antônio, mais conhecido como Duda do Marapé, é uma verdadeira relíquia da cultura funk.

O MC da Baixada Santista é lembrado até hoje por muita gente, não só pelo seu grande talento, mas principalmente pelas suas performances nos shows.

Um dos maiores sucessos que marcou a sua carreira, foi a música “Lágrimas”, escrita enquanto estava na Febem (Fundação Casa) no início dos anos 2000.

No dia 12 de abril, completa 11 anos da morte do cantor, que foi assassinado enquanto estava numa espécie de “cracolândia”, no centro de Santos.

Infelizmente, Duda enfrentava uma fase complicada em sua vida e foi alvo de vários disparos, sendo atingido por 9 tiros.

O funkeiro tinha 27 anos quando foi assassinado e deixou duas filhas pequenas.

De acordo com o MP-SP, as investigações não chegaram a nenhum suspeito do crime e o caso foi arquivado.

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