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Após ser demitido aos 31 anos, MC Talibã estoura com dois sons de funk: “Um Sabadão Desse, Uma Lua Dessa” e “Tá Com Saudade Quer TBT?”

03.12.2020 | Por: Gabriela Ferreira

A pandemia fez com que muita gente perdesse o emprego, foi o caso do Romário Vieira, de 31 anos. Talvez você não o reconheça com esse nome, mas o vulgo dele você tá ligado, é ninguém mais ninguém menos que o MC Talibã, dono dos hits “Um Sabadão Desse, Uma Lua Dessa” e “Tá Com Saudade Quer TBT?“, dois sons que viralizaram nos últimos meses. Nós trocamos uma ideia com ele. Se liga!

Sabe aquela história de que tudo tem o tempo certo? Isso aconteceu com o MC Talibã. Antes de viralizar nas redes, a música “Um Sabadão Desse, Uma Lua Dessa” estava guardada. “Eu tinha ela há mais ou menos uns dois anos, mas sabia que ia usar. Eis que um dia o DJ Sati Marconex me ligou dizendo pra encostar no estúdio, e eu gravei ela. Ele terminou de produzir ela com o DJ Dozabri de uma forma muito orgânica e natural. Eu sabia que ia chegar o momento dela, e deu certo. O povo tava precisando de uma música que falasse a realidade que eu faço parte, que é esperar o dinheiro cair numa sexta-feira e ir pro baile no sábado”, comenta.

Pouco tempo depois do sucesso, veio outro: “Tá Com Saudade TBT?”, com o MC Rennan. “Essa foi o seguinte: eu tava querendo fazer uma música sobre ex e, lendo na internet, descobri que o TBT [throwback thursday; quinta-feira da nostalgia] só podia ser na quinta, aí comecei a desenrolar a letra”, relembra o MC. Quem produziu o som é o Dozabri, o mesmo do hit anterior, e o trecho ia entrar pra um medley, mas o MC Rennan chegou somando e virou um som só. 

Hoje, com 31 anos e se revezando entre São Paulo e Rio de Janeiro, o MC da baixada fluminense começou na música com 13 anos. “No início, eu era dançarino, bem na época do Backstreet Boys e o Nsync. Passei por vários bondes até seguir solo”, conta. 

Com 17 anos, Talibã conseguiu estourar o primeiro som. “Como eu era de bonde, eu fazia muito show em comunidade, aí uma vez os caras desligaram meu microfone e começaram a falar ‘que p*rra é essa?’, por preconceito, porque naquela época não tinha homem dançando em comunidade. Quase tomei um coro porque eles acharam desafiador. Aí eu fui pra casa e escrevi “não é porque o homem dança que ele vai falhar na missão, na hora que o coro come, nois tá de pé no plantão”. O som, chamado “De Ladin Deslizando”, pegou, e o MC gravou no DVD da Furacão 2000, logo no mês seguinte. Talibã ainda explodiu mais duas: “Água Virou Vinho” e “20 Namoradas”. 

De lá pra cá, muita coisa aconteceu, e no começo da pandemia, Talibã foi demitido do trabalho, mas deu a volta por cima e estourou no funk novamente. “Tirando todas as coisas ruins que vieram com a pandemia, foi um momento bom pra mim, porque eu fui mandado embora bem no começo da quarentena, eu acreditei nas palavras do dono da empresa, e ele não me deu atenção. A gente acaba tirando um aprendizado até das coisas ruins”. 

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