A partir de 11 de maio, rodízio de carros retorna em toda à cidade de SP com novo formato: dia par e dia ímpar
O prefeito Bruno Covas, em coletiva de imprensa, anunciou medidas para combater o surto de covid-19 na cidade de São Paulo. A primeira delas é o retorno do rodízio de carros com uma modificação: ao invés da divisão de 2 números por dia (placas 1 e 2 na segunda, 3 e 4 as terças, etc…) o rodízio de carro ficará em dia par para placa par e dia ímpar para carro ímpar em toda a cidade a partir do dia 11 de maio. Prefeito anunciou também o aumento da oferta de ônibus.
Uma das medidas impostas pela prefeitura de SP era o bloqueio de ruas para evitar o trânsito de carros pela cidade, que não teve efetividade e foi trocada pela nova modalidade de rodízio. A mudança será aplicada a partir do dia 11 de maio, segunda-feira, data de término da quarentena em São Paulo (o governador já anunciou em entrevistas que deve esticar novamente a quarentena no estado). Assim, carros com placas: 0, 2, 4, 6 e 8 podem circular nos dias pares e 1, 3, 5, 7 e 9 nos dias ímpares.
A nova modalidade do rodízio vale o dia inteiro e também por toda a cidade, diferente do formato anterior que era apenas no centro expandido com duração das 7h às 10h e das 17h às 20h. Serão excluídos do rodízio carros dos profissionais de saúde, por meio de um cadastro. Mais uma medida é a restrição máxima de caminhões na cidade de São Paulo.
Outra ação é a inclusão de 1.000 ônibus a mais nas linhas de São Paulo e também 600 ônibus que ficarão em bolsões para os momentos de pico. Essas são ações para evitar o ‘lockdown’ na capital, medida mais extrema que proíbe a circulação de pessoas em toda a cidade (medida utilizada na Itália, por exemplo).
Segundo o prefeito, as ações são para o combate ao covid-19, que ainda não tem vacina e a melhor solução para o momento é o distanciamento social, que faz com que menos pessoas fiquem doente ao mesmo tempo desafogando os hospitais.
Na coletiva, o Secretário Municipal de Saúde, Edson Aparecido, destacou que os hospitais da cidade estão com as capacidades próximas do limite, variando entre 80% a 95% da capacidade. Quando os hospitais ocupam a capacidade máxima enquanto acontece a pandemia especialistas dizem que entrou em colapso: não tem mais condições estruturais de atender qualquer pessoa, seja infectado com o novo vírus ou paciente que precisa de qualquer atendimento, como alguém que sofreu um acidente de carro. Em cidades que a capacidade dos hospitais chegou ao limite, governantes decretaram ‘lockdown’, como em Belém-PA e São Luiz-MA.