26ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+: Confira o que rolou
Após dois anos de celebrações digitais, a Parada do Orgulho LGBTQIA+ tomou conta da Avenida Paulista
No último domingo (19), a 26ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ aconteceu em São Paulo e lotou a Avenida Paulista em rumo a Rua da Consolação. De acordo com a organização do evento, cerca de 4 milhões de pessoas estiveram presentes e puderam acompanhar os 19 trios elétricos do local ao som de vários artistas que representam o movimento, incluindo Pabllo Vittar, Luisa Sonza, Ludmilla e Matheus Carrilho.
O desfile começou por volta de 12h com discurso de representantes políticas da comunidade LGBTQIA+. A co-vereadora Carolina Iara (PSOL) deixou seu recado afirmando que as travestis não são bagunça. “Precisamos, sim, estar nos lugares de decisão desse país. Câmara, Senado. Aqui é mais amor e menos ódio”, disse Iara.
Além da co-vereadora, a secretária de Direitos Humanos da capital, Soninha Francine (Cidadania), ressaltou o crescimento do evento, que em sua primeira edição em junho de 1997 reuniu cerca de 2 mil pessoas, mas que este ano já havia batido a marca de mais de 3 milhões. “Vai ter festa, sim!” disse Soninha.
Mesmo em ritmo de festa, os protestos durante o evento não passaram batido. Com o tema “Vote com Orgulho”, a edição deste ano da Parada do Orgulho LGBTQIA+ foi tomada por mensagens com pedido de respeito à comunidade e luta contra a discriminação. Entre gritos e cartazes, a frase “Fora, Bolsonaro” também se fez presente até o final do evento.
Há 25 anos a Parada do Orgulho LGBTQIA+ se faz presente na capital de São Paulo, e ocupa o posto de ser a maior do mundo. Apesar de toda diversão promovida, o evento não marca apenas a luta pela diversidade, mas principalmente a luta pela vida. Lembrando que infelizmente, o Brasil ainda é o país com maior número de pessoas LGBT+ assassinadas.
Em 2021, o Brasil registrou 300 ocorrências de mortes violentas de pessoas LGBT+, um aumento de 8% em relação a 2020. Com um total de 276 homicídios e 24 suicídios, o país teve uma morte a cada 29 horas, conforme o relatório elaborado pelo Grupo Gay da Bahia.
Confira algumas videos e comentários sobre o evento: