10 perguntas para entender o novo coronavírus, covid-19
A epidemia do coronavírus na China liberou uma alerta em diversos países. O vírus já matou 200 pacientes, chegou a 22 países e infectou mais de 9 mil pessoas, despertando uma série de dúvidas sobre o surto principalmente por ser um novo coronavírus. A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou alerta de saúde pública nível internacional. Chega mais no Portal KondZilla que reunimos as principais perguntas para a compreensão da situação, todas as respostas são baseadas em dados oficiais divulgados pela OMS, governo chinês – onde surgiu o primeiro caso – e Ministério da Saúde.
O que é coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que podem causar desde uma gripe comum até doenças respiratórias mais graves, como a síndrome respiratória aguda grave (Sars, na sigla em inglês), que matou 774 das 8.098 infectadas na epidemia que também começou na China em 2002.
Os coronavírus são micróbios que parecem uma coroa por isso levam esse nome científico. É uma ampla família de vírus, mas até então, apenas seis deles infectavam humanos depois da descoberta do novo viraram sete.
Onde começou?
O primeiro alerta que a OMS recebeu da infecção do novo vírus aconteceu no dia 31 de dezembro de 2019 quando as autoridades chinesas notificaram o surgimento na cidade de Wuhan uma série de casos de pneumonia de origem desconhecida. A partir deste momento medidas de isolamento dos pacientes foram tomadas para identificar a origem da doença.
Apesar de ter viralizado na internet que o surgimento do novo coronavírus teria partido do morcego, especificamente de uma sopa, as investigações sobre a real origem da nova epidemia continuam.
A agência americana de Vigilância e Prevenção de Doenças (CDC) indica que um grande mercado de peixes e animais da cidade, que está ligado às primeiras infecções, foi fechado em Wuhan em 1º de janeiro. As investigações sobre a origem real da nova epidemia continuam.
No dia 9 de janeiro foi anunciado as primeiras análises dos vírus e no dia 11 anunciaram a primeira morte de um paciente com o coronavírus no país. Já o primeiro caso fora da China foi detectado no dia 13, na Tailândia.
A situação é grave?
A Organização Mundial da Saúde classificou inicialmente o vírus como risco global moderado, mas depois de ser criticada mudou para risco elevado devido a elevação dos casos em outros países.
Nesta quinta-feira (30) a classificação passou para urgência de saúde pública em nível internacional e o governo chinês está convocando especialistas para entenderem o novo vírus, que sofre mutações dificultando a compreensão.
Apesar do alerta mundial, ainda não foram divulgados medidas especificas para todos os países se preparem para a possível chegada do vírus. E aeroportos de países asiáticos estão fazendo escaneamento térmico de passageiros que chegam de Wuhan.
“O principal motivo dessa declaração [de alerta internacional] não diz respeito ao que está acontecendo na China, mas o que está acontecendo em outros países. Nossa maior preocupação é o potencial do vírus para se espalhar por países com sistemas de saúde mais fracos e mal preparados para lidar com ele”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Quantos países foram afetados?
Ao total são 22 países com casos confirmados: China; Japão; Malásia; Cingapura; Coreia do Sul; Tailândia; Vietnã; Nepal; Camboja; Sri Lanka; Emirados Árabes; Índia; Filipinas; Rússia; EUA; Canadá; França; Alemanha; Finlândia; Itália; Reino Unido e Austrália.
Outros países como o Brasil possuem casos de suspeita.
Quais são os sintomas?
Segundo a OMS os sintomas são: febre; tosse; falta de ar; dificuldade para respirar; problemas gástricos e diarreia.
Como é a transmissão e como evitar?
Todo vírus é preocupante por causa da rapidez que se propaga. O vírus afeta o trato respiratório então é transmitido pela via aérea ou pelo contato da mão com a boca ou com os olhos, por exemplo. Respirando no mesmo ambiente, tocando algo que uma pessoa infectada tocou.
Não existe uma forma concreta para evitar o vírus porque se sabe muito pouco sobre ele. Grande parte da população não terá imunidade para combater os sintomas e evitar a transmissão, ou seja, o melhor conselho é sempre cobrir o rosto para tossir, se afastar de pessoas que estão tossindo e lavar bem as mãos.
O vírus chegou no Brasil?
Não existem casos confirmados no país. Segundo o Ministério da Saúde foi recebido ao total 43 notificações, mas apenas 9 casos seguem como suspeita e nenhuma foi confirmada. 28 casos foram excluídos por não se enquadrarem no quadro clínico para suspeita e seis casos foram descartados após a comprovação de não serem casos da doença.
Onde estão os casos de suspeita?
Ao total são nove casos de suspeitas em análise nos seguintes estados: Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), São Paulo (3), Rio Grande do Sul (2), Paraná (1) e Ceará (1).
O que o Brasil está fazendo para evitar o vírus?
Depois que a OMS mudou o patamar do risco global ligado ao novo coronavírus, o Ministério da Saúde decidiu os critérios para o monitoramento de possíveis casos, o acompanhamento e isolamento dos pacientes suspeitos está ocorrendo.
O Brasil não irá proibir a entrada de passageiros da China, pois o Ministério da Saúde afirma está trabalhando junto da OMS para formular os próximos passos e pediu na última coletiva de imprensa (30) que todos os cidadãos tomassem cuidado em propagar notícias sobre o assunto, porque segundo Wanderson Kebler, secretário vigilante em saúde, não é momento para alarde mas sim para verificação dos casos. E afirmam estar preparados para detectar o novo vírus.
Tem vacina para a doença?
Por se tratar de um novo vírus não existe uma vacina específica, mas cientistas norte-americanos podem ter uma vacina para impedir a propagação do vírus, se tudo correr bem o teste em pacientes será no início do verão americano e leva o nome de INO-4800.