MCs se manifestam contra a violência a mulher após denúncia de Pamella Holanda, esposa de DJ Ivis
Neste último domingo (11), DJ Ivis, de “Esquema Preferido” e “Volta Bebê, Volta Neném”, foi denunciado de agressão pela esposa, Pamella Holanda. A parceira do cantor divulgou vídeos em que o artista aparece chutando e a socando. Após o caso, diversos MCs se manifestaram contra violência à mulher nas redes sociais. Se liga:
Nos vídeos divulgados por Pamella, não dá pra saber os dias em que as agressões aconteceram, mas segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSPDS), Pamella registrou um boletim de ocorrência no dia 3 de junho, no município de Eusébio, em Fortaleza.
Pamella é mais uma vítima de uma violência que acontece com milhares de mulheres. Em 2020, foram registradas 105.671 denúncias de violência contra a mulher, tanto no Ligue 180 (central de atendimento à mulher), quanto no Disque 100 (direitos humanos). Cerca de 75% dessas denúncias são referentes à violência doméstica.
Outro dado divulgado ano passado, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), aponta que os casos de feminicídio cresceram 22,2% entre março e abril de 2020, em 12 estados do país.
Após a denúncia de Pamella, DJ Ivis foi demitido da produtora Vybbe, do Xand Avião, e diversos MCs se manifestaram contra as agressões. Se liga e pega a visão do certo:
MC Dricka diz ter ficado desacreditada com a situação que ocorreu Dj Ivis e sua esposa. “Não apoio isso de forma alguma. Eu vi os vídeos, estou super assustada. Eu sei que o ser humano é falho, mas tem certas coisas que não é porque nós somos falsos, e sim por covardia”.
MC Pedrinho postou um stories refletindo sobre a postura dos caras, sem mencionar o caso. “Feião essa conduta aí dos caras que levam a bandeira da música. Eu que tenho 19 anos tenho mais ciência em relação ao próximo, principalmente com as mulheres. Minha mãe me ensinou muita coisa. Vamos ter mais postura de homem, ver o que é o certo”, ele terminou a reflexão pedindo mais amor e respeito ao próximo.
MC Mari postou uma série de stories sobre a importância de falar sobre violência contra as mulheres e desejou que mais vítimas tenham forças pra denunciar o que acontece com elas.
MC Danny, que tem um feat com DJ Ivis, desejou forças à Pamella. “Nada justifica o que ele fez. Tomara que a justiça seja feita. Que todas as mulheres tenham a coragem que ela deve pra postar”.
Outro MC que se pronunciou foi o MC Fioti. “Nada justifica agressão contra as mulheres, não é de hoje que isso acontece em nosso país. Mulher não é saco de pancada”, postou ele. Fioti ainda se revoltou contra o número de seguidores de DJ Ivis ter aumentado consideravelmente após a denúncia. “O pior é ver as pessoas seguindo mais esse cara. Saiba que vocês ao fazer isso, são coniventes”.
Outros MCs, como DR, Kevinho, DJ RD e Don Juan também postaram stories se revoltando com a situação da violência que a esposa do Dj Ivis sofreu.
É importante que a mensagem contra a violência às mulheres seja passada pra frente pra que todos tenham ciência de que isso é um crime indefensável, e que as pessoas se conscientizem a ajudar as vítimas e que as vítimas tenham cada vez mais coragem de denunciar uma agressão. Não existe isso de “briga de mulher não se mete a colher”. Viu uma mulher sendo agredida verbalmente ou fisicamente? Ajude a mina a se proteger e denuncie!
Como denunciar
O Ligue 180 é um serviço para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos. No número, você também pode receber orientações sobre o assunto, saber mais sobre os direitos da mulher e receber informações sobre acolhimento.
Você também pode denunciar no número 100, o canal dos direitos humanos. Também existe o atendimento via Telegram, basta digitar “DireitosHumanosBrasil” na busca do aplicativo e mandar uma mensagem pra equipe da Central de Atendimento à mulher.
Além dos atendimentos onlines, as vítimas podem procurar as seguintes instituições: Delegacias especializadas ao atendimento à mulher, delegacias de defesa da mulher, promotorias especializadas em gênero do Ministério Público, promotorias especializadas, centros de referência de atendimento à mulher, patrulhas e rondas Maria da Penha, e casas-abrigos.