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Rio de Janeiro vive onda de violência contra jovens de favela

20.08.2019 | Por: Renato Martins

Infelizmente o Rio de Janeiro está vivendo uma onda de violência sem precedentes. Com operações policiais cada vez mais frequentes nas favelas cariocas, troca de tiros e guerra contra o crime organizado, pessoas estão morrendo. Além disso, outros fatores como o sequestro do ônibus na Ponte Rio-Niterói, a prisão de artistas do funk e até mesmo as chuvas torrenciais, mostram como está difícil a vida do jovem carioca.

Semana passada, 6 jovens morreram em operações diferentes.

Gabriel Pereira Alves – 18 anos
A primeira das vítimas foi o estudante Gabriel, que levou uma bala perdida em um ponto de ônibus na Tijuca, Zona Norte do Rio, na sexta-feira dia 9. Moradores relataram uma operação da PM na região. Enquanto isso, a secretaria de Estado da Polícia Militar, informou que uma das UPPs do Borel foi atacada por criminosos mas a polícia não revidou.

Lucas Monteiro dos Santos Costa – 21 anos e Tiago Freitas – 21 anos
Outro dois jovens que faleceram foram os soldados da Brigada de Infantaria Paraquedista, Lucas da Costa e Tiago Freitas. No sábado,10, eles estavam em uma festa no Encantado, Zona Norte do Rio. Segundo o 3º batalhando do Méier, a polícia foi checar disparos de armas e ao chegar encontraram duas pessoas mortas e uma terceira ferida, que foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros. Dentre os mortos, estavam Lucas e Tiago.

Dyogo Costa Xavier de Brito – 16 anos
O jogador de futebol da base do América, em Niterói, também morreu na segunda-feira, dia 12. Amigos e parentes afirmam que ele saiu pra treinar quando foi baleado. Segundo a PM, que fazia operação na região de Viradouro, houve confronto entre suspeitos e a polícia.

Houve protesto em relação a morte de Dyogo, e mesmo no protesto, houve mais tiroteio e uma pessoa foi baleada. O avô foi um dos primeiros a encontrar Dyogo no local.

Henrico de Jesus Viegas de Menezes Júnior – 19 anos
O jovem enrico, acabou baleado na segunda-feira também, dia 12 em um tiroteio na Comunidade Terra Nova, na Lagoa, em Magé – Região metropolitana do Rio. A família comentou que o jovem saiu para verificar um conserto em sua moto e foi atingido por uma bala perdida.

Segundo a polícia, o jovem foi encontrado com armas e drogas. A família não confirma essa informação, já que ele trabalhava como repositor em um supermercado (a empresa SuperMaket confirmou que ele era funcionário). Além de trabalho, ele também estudava no Senac.

Margareth Teixeira – 17 anos
Esta é mais uma das vítimas dessa onda de violência. De Bangu, Zona Oeste do Rio, a jovem foi baleada com o filho de 1 ano e 9 meses no colo, durante um operação da Polícia Militar na quarta-feira, dia 14. Após a operação Margareth foi encontrada morta enquanto a criança ficou ferida no pé.

Essas são algumas das vítimas que sofreram violência policial ou bala perdida, deixando suas famílias. Vidas de pessoas que poderiam fazer a diferença, como a história do grupo Batida Clássica da Gruta, 3 jovens que tocam funk em instrumentos de música clássica e mudaram seu futuro. Enquanto essa situação não parar, mais pessoas vão morrer, mais famílias vão sofrer e a nossa juventude vai se perdendo. O Rio pede paz.

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