Mackenzie promove seminário para discutir práticas antirracistas na comunicação
Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista! É nesse sentido que a Universidade Presbiteriana Mackenzie está realizando um seminário para discutir práticas antirracistas na comunicação. Evento virtual e gratuito, começa nesta quinta-feira (11) e segue na sexta-feira (12) e na terça-feira (16). Pega a visão.
Foi pensando na importância de ampliar e aprofundar o debate sobre as questões raciais, que iniciou nesta quinta-feira (11), o I Seminário da Consciência Negra do Centro de Comunicação e Letras – “Muito além de novembro: práticas antirracistas na comunicação”.
Os encontros serão online e com transmissão ao vivo pelo canal do CCL, no youtube e contarão com discussões sobre iconografia, discurso e práticas antirracistas na comunicação; os desafios enfrentados por tradicionais revistas femininas na hora de incluir não só a temática, mas também jornalistas negras; e o impacto das questões raciais na cobertura esportiva.
O seminário foi criado e organizado pelas Professoras Vanessa Oliveira, Patrícia Paixão e Mirtes de Moraes.
Programação do seminário
Quinta-feira (11), às 11h – Desafios para uma comunicação antirracista
Tom Farias (@tom_farias_oficial) – jornalista, crítico literário e biógrago
Robson Rodriguez (@robsonrodriguez) – publicitário e fundador e CEO da Freakout
Drª Elisangela Nogueira (@elisangela_nog) – professora no colégio e no EAD do Mackenzie
Quinta-feira (11), às 17h – Iconografia antirracista
Com Antônio Junião (@juniaooo) – diretor na Ponte Jornalismo, ilustrador e cartunista
Sexta-feira, às 11h – Equidade racial no discurso e na prática
M.a Midiã Noelle (@midinoelle) – jornalista, midiativista e idealizadora da Commbne
M.a Bruna Rocha (@buarrocha) – jornalista, pesquisadora e idealizadora da plataforma Semiótica Antirracista
Sexta-feira (12), às 11h – Equidade racial no discurso e na prática
M.a Midiã Noelle (@midinoelle) – jornalista, midiativista e idealizadora da Commbne
M.a Bruna Rocha (@buarrocha) – jornalista, pesquisadora e idealizadora da plataforma Semiótica Antirracista
Sexta-feira (12), às 17h – Colorindo as revistas femininas
Ana Carolina Pinheiro (@anacarolipa) – Editora-assistente CLAUDIA Online
Laís Franklin Vieira (@laisfranklin) – Editora-assistente Vogue Brasil
Terça-feira (16), às 11h – Questões raciais e os desafios da cobertura esportiva
M.a Júlia Belas (@july_bt) – jornalista especializada em jornalismo esportivo
Marcelo Carvalho (@mmcarvalho8) – diretor executivo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol
Mais detalhes sobre a programação podem ser encontrados neste site.
Consciência Negra
O dia 20 de Novembro, oficialmente instituído Dia da Consciência Negra em 2003, relembra a data do assassinato do líder quilombola Zumbi dos Palmares, na Serra da Barriga em Alagoas, em 1695, por bandeirantes enviados pelos portugueses. A data, reconhecida como feriado apenas em cinco estados brasileiros, é uma conquista do movimento negro que demandava um dia para celebrar as batalhas negras por liberdade e não a concessão circunstancial da liberdade, como no caso do feriado de 13 de maio. (O chamado Dia da Abolição da Escravatura, instituído 1890, dois anos depois da assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, buscava celebrar a “fraternidade entre os brasileiros”, uma falácia rejeitada pela militância negra que insistia na denúncia das condições sub-humanas às quais a população negra esteve submetida desde então.)
Depois de anos comemorando o dia 20 simbolicamente, novembro é hoje um mês marcado pelo debate racial no país. E para além da escuta ativa de narrativas negras individuais, discussões sobre a relevância de políticas públicas pela equidade racial, é preciso olhar para a educação e para as possibilidades de construção de um ensino que seja fundamentalmente antirracista. Ou seja, que se preocupe em romper com os mecanismos responsáveis pela perpetuação das desigualdades entre negros e brancos no Brasil.