MC Hollywood conta sobre o momento funk-rave
Se você acompanha a KondZilla você deve tá ligado no MC Hollywood, já que ele tá na cena já tem um bom tempo. Do mandelão, o MC é um dos nomes certo quando falamos de funk de rua e de fluxo. Os sucessos que colocaram ele no radar do funk foram: “Bebendo e Fumando” (4 milhões de visualizações) 2017 e “Rapidamente Treme o Bumbum” (34 milhões) 2018. Agora, em 2019, o MC se joga na novidade de funk-rave. Se liga no papo que nós do Portal KondZilla tivemos com o MC. Nesta quinta (21), o Holly lança “Rave Que Fala”, parceria com o Kevinho. Essa é a segunda aposta do MC de funk-rave. Em 2018, ele lançou “Tipo Rave Balança o Popo”.
“Hoje to mais focado no rave-funk e querendo entrar nesse mercado, mas o que rola é o seguinte: pro povo que curte, rave e eletrônica é tipo uma religião, aí o funk ainda é discriminado porque os funkeiros que não tem criatividade pega as bases ou uns samples e bota uns palavrões em cima. Aí queima”, explica MC Hollywood. “Eu já faço de outro jeito, pego a referência e eu e o RD mudamos tudo, não usamos palavrão. É outro segmento.”
Holly aposta que a parceria com Kevinho pode ajudar o funk a achar seu caminho no mercado de rave. “Pode dar uma ajuda, até porque não colocamos palavrão, é uma música alegre. A gente não quer mudar o mercado, só mostrar que pode ser uma junção boa, tipo o sertanejo com o funk ou o funk com o rap. Música é música.”
Além de ser uma música alegre, “Rave Que Fala” ainda mostra as mina da terceira idade mandando o passinho, inclusive as mães de Kevinho e Holly. Ele conta que no começo, a mãe dele nem sempre apoiou a escolha do filho de seguir no funk. “Pelo fato de vir de uma origem pobre, sempre quis ser jogador de futebol, mas nunca tive apoio porque sempre foi máfia. No funk, nunca tive apoio familiar porque minha mãe me criou pra ser um cara honesto, não prejudicar as pessoas e trabalhar, aí naquela época, pra ela, o funk era só aventura, mas sempre foquei trabalhar no funk. Apoio assim eu nunca tive, mas ela sempre ajudou quando faltava dinheiro pra ir pro estúdio, me dava comida e amor, não era no sentido de: ‘vai pra cima'”.
“A gente tem que dar orgulho pras mães, não desgosto né? Foi sofrido pra ela me criar, ainda mais sozinha”, relembra ele. “Agora é diferente, né? Ela vê como tá agora e fica feliz”.
Sobre o funk paulistano, para Holly, o mais massa da cena é a criatividade. “Os caras criam música com tudo, com meme, com referência de outros sons, e tal. Mas o que mais me marcou mesmo foi o megatron, tanto que eu fiz a ‘Megatron tá Como'”.
“O funk de São Paulo aceita todos os estilos: veio o de Minas Gerais, do Rio, do Espírito Santo, e referências de outros países”, explica o MC sobre o momento atual do funk paulistano. “Tipo, hoje uma das mais tocadas aqui é “Parado no Bailão”, que é de Minas. Aqui não tem preconceito, se a música é boa, vai tocar.”
Falando em música boa, se você ainda não se liga muito no funk-rave, fica esperto que nesta quinta (21) chega “Rave Que Fala”, single dele com o Kevinho, que vai ser hit na certa. Para 2019, Hollywood ainda tem muita coisa na manga, e “Rave Que Fala” é só o começo. “Vai rolar muito som bom, muita parceria com os artistas da casa, que é surpresa. Não to pensando em nenhum estilo específico, comigo é assim: a ideia vem e eu faço. Não tem essa de planejar”.
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