Empreendedorismo

Os corre de quem trabalha no carnaval

24.02.2020 | Por: Karolyn Andrade

O carnaval tá aí batendo na porta e esta data é perfeita para lucrar, sabemos que a quebrada é pra lá de esperta e sabe aproveitar bem os momentos para ganhar aquela graninha extra. Seja vendendo bebidas, fantasias, doleiras entre outras coisas que são essenciais para a curtição completa dos blocos de rua. Chega mais no Portal KondZilla para saber de todo o corre que essa galera faz para vender no carnaval.

Quando pensamos em carnaval o que não pode faltar? As bebidas é claro, desde água até destilados em geral que todo mundo curte. O carnaval de São Paulo é sempre patrocinado por alguma marca de bebida, como a Ambev o que facilita na organização e distribuição de pessoas pra trabalhar com as vendas. Para participar dessa facilitação, é necessário fazer um cadastro. Conversei com a Thais de 32, que mora em Itaquera e irá junto do seu marido Daniel trabalhar no carnaval.


Thais e Daniel.

“Tivemos que nos inscrever pelo site Carnaval de Rua SP, foi muito difícil fazer a inscrição pois toda hora o site caia. Depois foi agendado um entrevista para explicarem a retirada dos Kits”, explica Thais


Daniel no bloco de rua com a banca montada.

A vendedora contou a facilidade de vender com o cadastro da prefeitura, pois os vendedores possuem o benefício de ter locais específicos para comprarem, o que deixa a revenda mais interessante. “O lucro é todo nosso, não se paga nada para a prefeitura. Com a lista dos bloquinhos, conseguimos passar no máximo por três bloquinhos no dia o que vale muito a pena, sempre vendemos tudo”.

A locomoção é o ponto mais crítico para os vendedores, afinal a cidade fica intransitável. As ruas estão fechadas e o metrô está lotado com a galera, o que dificulta a passagem dos materiais pesados (tipo o isopor cheio de bebida e gelo).

A moradora de Santo André, Julia, de 22 anos, é motorista de aplicativos e o trampo de vender bebidas está na sua rotina. Começou na virada de 2018 vendendo na praia e depois passou para os fluxos. “Eu vou no que vai estourar. O que estiver estourando eu vou e já deixo separado o gelo com coco. Tipo, hoje vai ter o Baile do Vero, então eu me preparo e vou”, conta a motorista e vendedora.

Já o Eliviton Nunes, de 28 anos, morador de Pirituba, zona oeste de São Paulo, irá fazer todo o corre pela primeira vez. Ele tem um motivo. “Primeiro questão de grana, um amigo meu vendeu ano passado e se comparar o que eu ganhei com os dias 15/02 e 16/02, que foram os primeiros blocos de rua, de fato dá pra ganhar uma grana boa sim”, conta animado.


Eliviton Nunes

Para quem acha que acabou depois de um dia longo vendas o trabalho acabou? Ainda existe outro passo: o abastecimento. “É uma correria, quando termina os blocos temo que ir abastecer no mesmo dia se não corremos o risco de ficar sem mercadoria para trabalhar no outro dia” conclui Eliviton, que está animado com o carnaval.

O carnaval é a principal festa dos brasileiros, onde muita gente se diverte ao mesmo tempo que tem muita gente que trabalha. Se você se identificou com a história e viu a oportunidade de trabalhar, se prepara para o cadastro do próximo ano. Pra quem é fã de carnaval, aproveita que dia 01 de março tem Bloco da KondZilla.

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