Quem lembra quando o Portal KondZilla trocou um papo com o MC Draak, o artista pernambucano que vinha se destacando na mistura do brega com o trap? Depois de passear por vários ritmos musicais, o músico se firmou no trap e lançou o EP “Roda Gigante”, usando do trap para falar sobre os altos e baixos da vida. Se liga:

Anderson Sadrak Nascimento da Silva, 23 anos, mais conhecido na cena como MC Draak, se lançou no brega funk em 2016, depois de ter passeado por um tempo no pop. Dois anos depois, ele estourou com “Senta Malvada”, feat com o MC Jeffinho e o produtor Marley no Beat, um dos gigantes que ajudaram a popularizar a batida do brega funk. 

Em 2019, Draak começou a misturar o brega com o trap, e agora, com o EP “Roda Gigante”, ele se firmou no trap. O lançamento reúne cinco músicas e a intro: “Intro/ Roda Gigante”, “Fé nos Planos”, “Bolamais1”, “O Vazio Que Me Fez”, “Falsidade” e “O Mundo Gira”. Marley no Beat e TOM BC assinam a produção das faixas. 

“A influência pra esse disco vem desde a minha infância. Eu nasci em 1997 e sempre andei de skate, peguei bem a fase do emo dos anos 2000. Somei isso com a influência do trap, de artistas como Machine Gun Kelly que tem feito essa mistura e fui estudando”, explica Draak. “Tentei passar a visão do que eu passo na minha favela, das coisas que vejo. Não existe só o caminho do tráfico, você pode ter uma chance fazendo outra coisa. Você pode ser foda em algo e nem sabe”. 

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Ao longo das faixas, Draak vai refletindo sobre tudo, e o mais bacana é que as músicas vão se complementando, formando uma história linear. “A primeira ‘Fé nos Planos’ é sobre ter fé antes mesmo porque precisamos acreditar antes de realizar”, diz ele. As demais letras vão refletindo sobre carreira, como em “Vazio Que Me Fez”, “Falsidade”, que fala sobre aqueles que estão ao nosso redor só de urubu. Finalizando, “O Mundo Gira” reflete sobre toda essa trajetória. “É pra mostrar que você consegue, você conquista. É por isso que ela tem esse nome, por causa dos altos e baixos da vida”.