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MC Rodolfinho e a ostentação: um casamento perfeito no funk

02.05.2017 | Por: Guilherme Lucio da Rocha

É difícil mencionar o MC Rodolfinho e não voltar há uns cinco anos, quando o funk ostentação era o ritmo do momento e o cantor era um dos nomes de maior sucesso na época. Atualmente, mesmo com a putaria em alta, Rodolfinho se mantém na ativa. Prova disso é o sucesso da música “Chora Boy”, lançada recentemente e já ultrapassa a marca de 6 milhões de visualizações. No currículo, o MC ainda é responsável pelos hitsComo É Bom Ser Vida Loka“, “Novinha” e “Os Mlk é Liso“. Aproveitamos esse momento para conversar com ele e contar ao Portal KondZilla sobre os rumos da sua carreira.

Nascido em Osasco, Rodolfo Martins Costa, 23, começou a cantar funk no final dos anos 2000. Inspirado no rap dos Racionais MCs e no funk consciente da Baixada Santista, principalmente do MC Felipe Boladão, o então adolescente de 16 anos começou a cantar e escrever músicas no estilo proibidão.

“Uma das primeiras músicas minha que estourou foi “Osasco é o Afeganistão“. Na época, o que estava na moda era o proibidão, e nessa música eu citava todas as quebradas da cidade, o que ajudou a fazer mais sucesso”, explica o cantor.

Porém, o funk consciente/proibidão estava com os dias contados em São Paulo. A ostentação surgia com tudo e se tornava a cara do funk na capital – que até então, tinha o rap como som periférico.

Atento às mudanças, Rodolfinho viu um dos seus amigos no funk, o MC Guimê (que também era morador de Osasco), gravar um clipe com o KondZilla. E foi aí que surgiu a ideia de gravar o videoclipe da música “Como é Bom Ser Vida Loka”.

“Eu tinha visto o clipe de “Megane” e o “Tá Patrão”, e pensei que seria uma boa lançar um videoclipe. Eu já tinha algumas músicas na pista, mas depois de ‘Como é Bom Ser Vida Loka’ minha carreira decolou”, conta Rodolfinho.

Ao lado de outros MCs, como: Lon, Guimê, Dedê, Nego Blue, entre outros, Rodolfinho era referência no funk ostentação. E depois do “Como é Bom Ser Vida Loka”, vieram as músicas “Os Mlk é Liso” e “Novinha”.

Porém, assim como o consciente/proibidão perdeu espaço para a ostentação, as letras de luxo e dinheiro cederam espaço para letras sensuais, que invadiu São Paulo em meados de 2014. Mas essa mudança não influenciou o cantor, que se manteve fiel a ostentação.

“Eu percebi que a ostentação estava perdendo espaço para putaria, mas não é minha pegada. Eu não sou muito bom em compor putaria, não é algo que curto”, diz o MC.

E depois de passar por todas essas fases no funk, o MC Rodolfinho agora é mais um integrante da KondZilla Records. Além de Rodolfinho, os MCs Guimê e Dedê também fazem parte do time, o que já fez muito fã sonhar com a volta da ostentação.

E os trabalhos já começaram, assim como o cantor já colhe os frutos. Há poucos dias, saiu o videoclipe da música “Chora Boy” e a resposta do público foi instantâneo: Aquele Rodolfinho, das antigas, está de volta. E o cantor ficou muito feliz com o resultado do trabalho e do público.

“Muita gente me falou que a música está estourada, e eu ainda estou tentando assimilar isso. Fiquei muito feliz com o videoclipe e com o retorno do público, tenho recebido muitas mensagens de fãs. Agora é continuar o trabalho, porque já tem mais músicas no gatilhos (risos)”.

Viu só “como é Bom ser Vida Loka?”

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