Música

Drake faz seu primeiro show no Brasil sob chuva no Rock in Rio

28.09.2019 | Por: Matias Maxx

O mega festival Rock in Rio, sempre criticado por revezar há décadas as mesmas bandas de pop rock e heavy metal, vem tentando fugir desse estigma e há algumas edições traz em seu line up artistas de outros gêneros, como as divas Rihanna (em 2015) e Beyoncé (em 2017). Agora foi a vez do Rio de Janeiro receber o canadense Drake, um dos maiores nomes do rap internacional e em seu primeiro show no Brasil.

O show foi marcado por algumas polêmicas antes mesmo de começar. Acontece que antes do show, a produção do astro resolveu vetar não só a transmissão ao vivo no Multishow, e também os fotógrafos oficiais do evento e agências de notícias. As redes sociais não perdoaram, especulando se o veto viria por questões legais, ambição, ou apenas má vontade do cantor. Ou seria apenas a conhecida marra dos rappers internacionais? Segundo reportagem do Extra, o canadense pensou em cancelar o show pois não teria aprovado o som e iluminação do show. Dentre tantas confusões, o show aconteceu e o evento conseguiu tirar algumas poucas fotos, mas não teve transmissão.

Ainda assim os fãs que enfrentaram uma chuva fortíssima, testemunharam um showzaço com muitos hits e também muita falação. A apresentação começou com Aquarela do Brasil na voz de João Gilberto, interrompida por um breve medley de hits do cantor, que logo parou o som para começar a falar. Ele propôs uma divisão em lado esquerdo e direito da plateia e ao estilo de Freddie Mercury no memorável show do Queen no Rock in Rio de 1985 reger a multidão. Manobra ousada para logo a primeira música, mas o pior é que deu certo.

Se o cantor chegou no Brasil num jato era caro (na casa dos 10 milhões) o show foi de econômica, Drake estava acompanhado apenas do DJ, sem dançarinos ou cenário. No telão, imagens do rapper em contra luz revezavam com um Cristo Redentor atingido por raios que combinou totalmente com o clima chuvoso. Ele não economizou no auto-tune, de maneira que um desavisado poderia jurar que tinham três ou quatro caras diferentes no palco, tamanha a discrepância no tom da voz do canadense.

Voltando a falar de música, não faltou hit na apresentação. Desde “Started From the Bottom“, “Know Yourself“, “Mob Ties” até “Work” (parceria com ela mesma, a Rihanna). Só que não sei porque, o cara quando se empolgava e o show engatava as músicas eram interrompidas por falação. Esse problema não foi diferente nem com o mega-hit “Hotline Bling”, cortado antes mesmo de chegar no refrão. Parecia um daqueles rolezinhos onde o dono da caixinha bluetooth tá bicudaço e fica pulando as músicas, a falação seriam aquele momento em que entra o anúncio. Vacilo hein Drake, logo no 1º show no Brasil.

A medida que a chuva apertava e a Cidade Olímpica ia se esvaziando, dando espaço apenas a uma multidão de fãs de capa de chuva cantando todas as músicas, a bola do rapper foi baixando e seus elogios à plateia e a cidade maravilhosa soaram até sinceros. Verdade seja dita, o público brasileiro é um dos mais atirados do mundo e amoleceram o cara, que repetiu várias vezes que aquele foi o melhor show da sua vida. A apresentação foi encerrada com “God’s Plan”, está sim tocada de cabo a rabo. Mais tarde, pelo twitter, Drake lamentou o cancelamento da transmissão, dizendo que o clima chuvoso o deixou incerto a respeito do resultado do show.

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