Explicando em detalhes: a sigla LGBTQI+
É muito provável que você já tenha visto por aí a sigla LGBT, ou se você é mais velho, talvez se lembre de quando ela era apenas GLS. Mas você sabe exatamente o que ela significa e pra que ela serve? Hoje na série Explicando em Detalhes vamos te falar tudo que você precisa saber pra entender sobre esse movimento.
Iasmin Turbininha, DJ lésbica durante a 1ª edição do Baile da Gaiola LGBT – Foto: Jeferson Delgado // Portal KondZilla
Estamos no Mês do Orgulho LGBT e por isso, nada mais justo do que relembrar da luta do povo LGBT, que reúne lésbicas, gays, bissexuais e travestis, transgêneros e transexuais.
É importante lembrar que a sigla já passou por várias adaptações ao longos dos anos, e num geral, vem crescendo pra englobar cada vez mais grupos. A primeira sigla que ficou famosa foi a GLS, que é a abreviação de Gays, Lésbicas e Simpatizantes (pessoas que apoiam a causa independente da sexualidade).
Depois, a sigla cresceu pra LGBT: Lésbicas, Gays, Bissexuais (pessoas que gostam de homens e mulheres) e o T que engloba travestis, transsexuais e transgêneros. Vou te explicar melhor como funciona essa questão.
Sexualidade ou Gênero?
Primeiro é importante saber que existe uma diferença entre sexualidade e gênero. Sexualidade tem a ver com as nossas orientações na hora do sexo: ser heterossexual (interesse pelo sexo oposto), homossexual (interesse por pessoas do mesmo sexo)
ou bissexual (interesse nos dois sexos).
O sexo biológico é referente ao nosso órgão sexual e a identidade de gênero é a maneira como a gente se expressa. Se eu nasci com o órgão sexual feminino e eu me identifico como mulher, eu sou cisgênero. Se eu nasci com o órgão sexual feminino e não me identifico como mulher, eu sou transgênero.
Trans e Travestis
Dito isso, as pessoas transsexuais são aquelas que nasceram com um sexo biológico, mas se identificam como o sexo oposto. Por exemplo: pessoas que nasceram com o órgão sexual masculino, mas não se enxergam como homens e procuram meios de fazer uma transição cirurgia, hormonal e social pra se adequar à identidade de gênero feminina. Um exemplo é a Sanara, que participou da série Somos Plural, do Portal KondZilla.
As pessoas transgênero são aquelas que a identidade de gênero não corresponde com o órgão sexual, por exemplo: pessoas que nasceram com o órgão sexual feminino, mas se identificam com o gênero masculino. No funk, temos a MC Trans, que levanta essa pauta.
A travesti é uma expressão de gênero feminina performada por pessoas do sexo masculino, que não necessariamente sentem o desconforto com seu órgão sexual. Elas apenas se montam com roupas do outro gênero. Uma das maiores personagens do funk dos anos 2000 foi uma travesti, a Lacraia, da dupla com o MC Serginho.
LGBTQIAP+
Hoje, uma das siglas usadas é a LGBTQ+, que além das sexualidades que a gente já explicou, ainda tem o Queer, que é um termo geral usado por pessoas que não se encaixam naquele padrão hétero que a gente vê por aí.
O sinal de “+” da sigla é pra agregar qualquer outra pessoa fora do aspecto cis-hétero. Uma sigla usada atualmente também é a LGBTQIAP+ e o + resumo todos os grupos depois do LGBTQ+.
Além dos que a gente já falou, temos:
Intersexual: a pessoa que por causa de cromossomos ou órgãos sexuais, não se encaixam dentro do aspecto masculino ou feminino.
Assexual: a pessoa que não sente atração sexual nem por homens nem por mulheres
Pansexual: a pessoa que se atrai por alguém independente de identidade de gênero ou sexualidade.
Com o crescimento das pautas sobre representatividade, gênero e sexualidade, a sigla do movimento vai mudando, como já mudou várias vezes, pra incluir e dar visibilidade para cada vez mais pessoas que estão fora da heterossexualidade.