Desempregado, Felipe Abreu fundou sua própria marca de roupa
Concluir o ensino médio é uma incógnita para grande parte dos jovens, principalmente, pros periféricos, afinal vários questionamentos surgem: vou para universidade; como faço para encontrar um emprego; o que vai ser da minha vida agora? Essas e outras questões bateram no Felipe Abreu, 20, morador do São Gonçalo, Rio de Janeiro. Desempregado e sem conseguir uma oportunidade de emprego, Felipe criou sua própria marca de roupa a base do improviso e segue sonhando. Cola com o Portal KondZilla e entenda mais dessa história.
“Nenhuma empresa me contratava, hoje eu sigo criando a minha“. Foi assim que Felipe Abreu, criador da marca Chain Break, viralizou no Twitter. A fundação da marca nasceu do sonho do garoto de ingressar na universidade e ao mesmo tempo auxiliar a coroa nas despesas de casa.
“Quando concluí a escola, minha mãe queria que eu conseguisse um trabalho para ajudar ela em casa porque somos só nós dois, mas eu não queria só trampar e não ingressar no ensino superior, coisa que ninguém da família infelizmente conseguiu”, comenta ele. Entretanto, sem uma indicação seria bem difícil de Felipe encontrar um trabalho. “O problema foi que quando entrei na universidade, descobri que a grade era integral e para conseguir um emprego teria que ter uma indicação de horário flexível, e eu não tinha ninguém para ser essa pessoa na minha vida”.
Sendo o primeiro da família a conseguir ingressar no ensino superior, abdicar do sonho estava fora de cogitação. “Mesmo com tudo isso eu estava bem motivado por ter conseguido uma vaga em uma universidade pública”. Então o caminho encontrado foi a criação da Chain Break. “Mas é aquilo, tinha que ajudar minha mãe em casa, então pensei que era a hora de vou essa ideia da marca em prática”.
Sem um investimento inicial, o jeito foi recorrer ao pouco dinheiro da bolsa de transporte para iniciar o projeto lá em 2018. “A maior dificuldades é a falta de investimento porque não sabemos se o dinheiro investido vai voltar, pensa, eu precisando de dinheiro e dedicando o que não tinha em uma marca”. A tentativa inicial não deu certo, mas Felipe seguiu tentando. “A primeira produção, fiz com a grana de uma bolsa de transporte que eu recebia para ir pra faculdade, estava na férias e pensei ‘vou investir agora e quando voltar, já vou ter recuperado’, mas acabou que esse dinheiro que usei na primeira coleção não rendeu”.
Processo criativo e viralização nas redes sociais
Sem os recursos necessários, Felipe entendeu que criatividade é a chave do negócio. “Eu faço tudo em casa, estampo as peças na mesa, a criatividade está em tudo que eu preciso, não só nas estampa e produto final”. Enquanto o sucesso não vem é tudo no improviso. “Preciso ter criatividade até pra ter ideia de como consigo fazer sem ter os recursos ideais, porque não tenho”.
Quem não está na internet não está em lugar nenhum e a redes sociais deram um gás no negócio de Felipe. “A primeira viralização foi em junho deste ano quando postei falando que não estava conseguindo auxílio e as pessoas começaram visualizar minha marca, consegui 40 pedidos, coisa que jamais imaginava porque na minha primeira coleção demorei o ano todo pra vender 18 peças”. Ainda com a viralização os frutos estão começando a brotar, mesmo assim Felipe da o papo, desistir não é uma opção. “Mesmo assim é tudo muito recente, ainda está sendo algo que está acontecendo, então não tem como eu falar que tenho colhido grandes frutos disso, mas estou na luta”.
Vale ressaltar que o jovem Felipe Abreu é responsável por todos os processos da loja que vem conquistando força depois de viralizar no Twitter, fazendo com que o empreendedor possa viver o sonho da universidade e auxiliar sua mãe nas despesas de casa. Histórias como essa nos mostra ainda que é possível encontrar caminhos mesmo que difíceis para realizarmos o nossos sonhos, então é aquilo, marcha nos progressos.
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