Conheça o corre do Kawe, o rapper brasileiro mais ouvido atualmente no Spotify
Diretamente das quebrada de São Mateus, zona leste de São Paulo, Kawe Cordeiro do Santos, 22 anos, conhecido apenas como Kawe, vem se destacando no YouTube e também nas plataformas de streaming com sons como: “MDS” com MC Lele JP, “Iluminado” e “Rubi“. Não à toa, na última terça-feira (09), o artista chegou a primeira posição dos rappers mais ouvidos do Spotify Brasil, superando nomes como: Hungria e Xamã. Quer saber mais um pouco do corre de mais uma promessa do trap? Cola com o Portal KondZilla.
Desde o começo dividido entre batalha de rimas, funk e trap, o garoto da zona leste é sucesso e os números não mentem. Se jogarmos no Youtube o nome Kawe, as primeiras cinco músicas do topo na plataforma, os números somam mais de 188 milhões de visualizações.
Nascido em uma família composta por pai, mãe e um irmão mais velho, Kawe foi super apoiado pela família, diferente de muitos outros artistas. “Meu pai me ajudou muito no início da minha carreira, pagava meus videoclipes, e tal. Eu era designer na empresa dele, então devolvia a verba investida depois por partes. Tenho muita gratidão por isso”. O suporte foi além da música. “Mas fora isso, sempre com apoio da minha família. Fiz de tudo: artes marciais, xadrez, natação, joguei bola”.
Mesmo com todo o apoio e todo esforço investido na carreira, o que mais mexeu com Kawe durante esse tempo foi a espera pra estourar um som. “O mais difícil é a ansiedade, sem dúvidas. Tinha época que eu não queria fazer nada, mas graças a Deus tive minha família que nunca me deixou pra baixo. Não sabíamos muito o que iria acontecer, estava me entregando pra um futuro incerto de coração e alma, deixei de fazer faculdade, um monte de parada para viver a música”.
Até que há 2 anos, o objetivo finalmente veio à tona com o primeiro milhão em uma música: “Quando ‘Rubi’ bateu um milhão de visualizações, pensei ‘meu Deus, que isso?’. Acredito que todo artista deve ter os mesmos sentimentos, principalmente por ser uma música que jamais achávamos que iria atingir esse número. Hoje ela tem mais de 45 milhões de views”, diz ele.
Entre o funk, batalhas de rima e o trap
Assim como todo moleque de quebrada, antes mesmo de chegar em qualquer outro gênero musical, o início de Kawe foi o funk até a transição para o trap através das batalhas de rima. Quer ver umas rimas do artista no gênero? Acesse “Tô Fase Boa” ou “Desacredita Não“.
“A transição do funk para o trap foi através das batalhas. Não conhecia muito bem a cena do trap até que eu comecei a colar e o que chegou pra mim primeiro foi o trap e o trap, onde me encaixei, achei a batida que eu queria e que mais me tocou, que é essa parada mais agitada e com uma ginga.
Conquistas e futuro
O resultado de muito trabalho, esforço e sonhos é poder realizar os desejos de moleque e, logicamente, poder ajudar a fámilia: “Comprei um carro que eu achava foda, estou em uma casa da hora, posso ajudar minha fámilia e realizar os meus desejos de moleque: comprar um boot ou uma camiseta de marca. Por mais que seja simples, parece que não, mas uma camiseta faz diferença pra nós que é quebrada. Tudo isso é só o começo!”.
No mais, o trabalho não para. Afinal, foguete não tem ré e o objetivo é o mundo: “Quero chegar fora do Brasil, quero ser fora da caixinha, conquistar vários espaços internacionais. Assim, por mais que seja um bagulho duvidoso, nunca desacredite dos seus sonhos, se os cara chega de fora pra nós, podemos chegar pra eles lá também com uma força foda”, diz ele sobre onde quer chegar com o trap.
Acompanhe Kawe no Instagram