Comportamento

Confira a celebração do Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922

12.07.2021 | Por: Assessoria

A Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo anunciou diversas iniciativas no guarda-chuva do Modernismo 22+100, o projeto de reflexão e celebração sobre o Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Cola no Portal KondZilla saber!

Os primeiros cinco episódios do Ciclo Modernismo 22+100 — um conjunto de encontros entre 100 personalidades da Cultura e da Cidade de São Paulo que formarão uma curadoria conjunta para as celebrações — estão disponíveis na íntegra em formato podcast nas principais plataformas, e em vídeos curtos nas redes sociais.

O site do projeto é o 22mais100.prefeitura.sp.gov.br e já participaram do Ciclo nomes como Zé Celso Martinez Corrêa, Tom Zé, Bia Lessa, Kondzilla, Marco Antonio Villa, Pedro Meira Monteiro, Fióti, Arissana Pataxó, José Miguel Wisnik, Sérgio Vaz, Carlos Augusto Calil, Maria Bonomi, Anelis Assumpção, Baby Amorim (do Bloco Afro Ilu Obá de Min), Silvio Almeida, Eliane Dias (empresária dos Racionais MCs) e Renata de Almeida (da Mostra de Cinema de São Paulo).

Esses são alguns dos participantes dos encontros já gravados, disponíveis ao público a partir de agora todas as quintas-feiras (veja a programação completa abaixo). As discussões do Ciclo foram baseadas em três eixos: História, Linguagens Artísticas e Territórios, buscando a diversidade de pontos de vista.

Ao mesmo tempo, a Secretaria lança o vídeo Manifesto Modernismo 22+100, produzido pela produtora Lady Bird, com direção de Henrique Sauer (vencedor do Emmy Internacional com a Globo por Lado a Lado) e Helder Fruteira, filmado no Theatro Municipal de São Paulo com atores pretos. O texto da locução é de autoria de Hugo Possolo, diretor geral da Fundação Theatro Municipal, com participação do secretário de Cultura da cidade de São Paulo, Alê Youssef.

A Prefeitura também revelou seus planos de programação para os festejos do ano que vem. O projeto leva em conta as restrições necessárias para a segurança de todos no contexto da pandemia, e a Secretaria Municipal de Cultura vai cumprir todas as orientações das autoridades de saúde — inclusive alterando o projeto se assim for necessário.

“Pensar sobre a Semana de Arte Moderna e seus desdobramentos no cenário contemporâneo é uma oportunidade incrível de colocar a arte e a cultura no centro do debate social”, disse Youssef.

A programação inicial planejada para 2022 é a seguinte:

  • Palco – Música Antropofágica
  • Cortejos Modernistas
  • Festim no Vale
  • Theatro Municipal + Balé da Cidade e Mini Virada Cultural
  • Missão 22REVER22
  • Museu de Arte de Rua (MAR) temático
  • Praça das Artes – Quilombo das Artes: Rodas de Samba e Bailes Futuristas
  • Eixo de programação infantil
  • Eixo de programação de Dança

“O Novo Modernismo é a antropofagia a partir das periferias, muito da cultura brasileira a partir de 1922 foi antropofágico: o Carnaval de Rua, o Tropicalismo, o Punk da Periferia, o Hip Hop, o Funk”, pontuou Youssef.

Programação prévia

A programação do projeto Modernismo 22 + 100, prevista para acontecer de dezembro de 2021 a setembro de 2022, conta com manifestações das mais diversas linguagens, que vão do Hip-Hop ao circo, com um olhar atento à diversidade e aos desdobramentos da arte para além do centro, fazendo-se presente também nas periferias. Como diz o Manifesto do projeto: “O 22 de agora é a periferia no centro e o centro na periferia”.

O Modernismo 22 + 100 terá programação espalhada por toda a cidade, a partir das vibrações do Vale do Anhangabaú e do Theatro Municipal, onde o evento aconteceu em 1922.

O Palco do Anhangabaú, por exemplo, sediará a série de shows “Música Antropofágica”, que conta com diversas manifestações musicais que evocam as raízes brasileiras mostrando sua influência na música contemporânea.

O Vale sediará o Festim no Vale, inspirado no Banquete Antropofágico de 1929, que se baseou em utilizar-se do palhaço Piolin como “refeição”. O Vale também será a sede de um potente encontro de coletivos e expressões variadas no centenário da Semana de 22, para uma ocupação da cidade de forma democrática, com diferentes linguagens.

Haverá também os Cortejos Modernistas, que refazem o Cortejo de 22, uma forma de manifestação artística contrária a tendências conservadoras na produção cultural, abraçando possibilidades de vanguarda. Os Cortejos percorrerão áreas históricas do Centro de São Paulo e de todas as regiões da cidade.

Theatro Municipal será o cenário de performances coletivas, incluindo dois espetáculos do Balé da Cidade — um baseado na obra de Tarsila do Amaral e outro inédito — uma mini Virada Cultural de 24 horas, e montagens de peças de teatro, encenações e leituras dramáticas.

Missão 22REVER22 — inspirada nos trabalhos de Mário de Andrade — vai destacar uma equipe de realização equivalente à complexidade da região metropolitana de São Paulo em 2022. Essa equipe, a partir de levantamentos e pesquisas, vai realizar eventos e ações nos Museus municipais com a intenção de resgatar a vocação da cidade como um território de cruzamento e mescla cultural.

Museu de Arte de Rua (MAR) se faz presente na programação ao evocar o debate sobre o grafitti e a arte de rua — linguagem central para a ideia de um Novo Modernismo, atualizando conceitos da Semana para o contexto contemporâneo.

Na Praça das Artes, acontecerá o Quilombo das Artes, espaço com o objetivo de valorizar o passado e projetar o futuro, ressignificando a Praça das Artes enquanto principal terreiro da cidade. O projeto propõe Rodas de Sambas e Bailes Futuristas, destacando as expressões negras na cidade.

Celebração do Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922
Imagem: Reprodução / Prefeitura de São Paulo

A Semana de Arte de 22 contou com a participação de uma artista ligada à dança, a bailarina Yvonne Daumierie, inspirada em Isadora Duncan, coreógrafa e bailarina bastante ressaltada pelo seu pioneirismo e por sua atuação no movimento.

O Modernismo 22 + 100 entende a importância de dar visibilidade às atrações artísticas de dança e performance, que tenham a coreografia e a corporeidade como aspectos centrais em suas narrativas.

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