Caixinhas de som via bluetooth são a onda do momento
Esses dias, minha mãe, de quase 50 anos, comprou uma caixa de som via bluetooth de presente pra ela mesma. Na mesma hora eu me senti no futuro. Percebi como estava MUITO mais fácil levar as minhas músicas favoritas para qualquer lugar, ainda me lembro a treta de levar uma caixa de som pro rolê, ou gravar minhas músicas em fita K7. Sintoniza na KondZilla que vamos explicar um pouco melhor como essa febre vem dominando os quatro cantos do Brasil, e o porquê dela não ser uma novidade tão ‘nova’.
Foto: Creative Commons
Vamos começar voltando um pouco ao passado. Talvez quando minha mãe fosse uma adolescente, ela já tivesse um som para andar pelas ruas. Nos anos 80, as boombox (caixas de som que ficaram famosas principalmente por conta da galera do hip-hop) davam uma espécie de ponta pé inicial na cultura de equipamentos de som portáteis que tocavam aquilo que você desejasse ao invés de apenas sintonizarem as rádios. Com o passar dos anos, o hábito de escutar música em lugares públicos foi se tornando cada vez mais reservado, e daí, entre o final dos anos 80 e o meio dos anos 1990, surgiram equipamentos como o walkman e o discman.
Foto: Wikimedia
Com a chegada dos anos 2000, a experiência de ter um aparelho que reproduz música se tornou algo mais particular e com equipamentos bem menores. Provavelmente, você que está lendo esse texto teve um aparelho de mp3 player, daquele tipo pendrive e que suportava incríveis 512 megabytes. O que na época parecia uma absurdo de espaço, hoje um cartão básico de memória possuí no mínimo 8 GB (algo como 16x mais de espaço). Já a turma com mais poder aquisitivo podia ter um iPod, produto “premium” da Apple, que ganhou diversas versões: classic, shuffle, nano e touch.
iPod Nano | Foto: Foto: Creative Commons
Até esse momento, você percebeu que a experiência foi se tornando cada vez mais introspectiva e “menor”, com a galera tendo os seus próprios aparelhos, reproduzindo o som apenas pra si, geralmente com um fone de ouvido. Mas o futuro sempre foi de compartilhamento, os aparelhos celulares se tornaram populares, foram ganhando melhorias nos seus sistemas de reprodução musical e surgiu a necessidade de uma caixinha de som bacana. Com o avanço da tecnologia, o aparelho de telefonia móvel, se tornou câmera, filmadora e também armazenava música. O problema era reprodução, nem todos os celulares continham estrutura suficiente para reproduzir o áudio com qualidade.
Foto: Wikimedia
Chegamos em 2010, a cultura de escutar música de forma portátil já estava estabelecida na juventude. Só que a tecnologia, por incrível que pareça, fez geral recuar um pouco e lembrar do que já estava produzido. Foi nessa época que começaram a surgir as speakers (caixas de som) com conectividade bluetooth. Assim, a galera que já levava seu celular pra tudo quanto é canto, passou a ter a oportunidade de levar também um aparelho de som compacto e ambos se conectavam via a tecnologia azul. Quem não gostaria de levar uma caixa de som pra cima e pra baixo?!
Daí você deve tá se perguntando: por que a JBL tá tão famosinha no mercado? A JBL é uma das principais marcas quando o assunto é aparelho sonoro. Nascida em 1946, a empresa já foi responsável pelos equipamentos de som no Woodstoock, um dos principais festivais de música da história do Planeta Terra. Ou seja, sempre que o assunto é tecnologia de som, a marca esteve envolvida. Em 2010, a JBL comprou uma das principais empresas brasileiras do ramo (a Eletrônica Selenium S.A.), conseguindo assim baratear o seu produto no mercado nacional, tornando-se ainda mais popular.
Foto: Divulgação // JBL
Produto mais barato, mais gente comprando. Na segunda metade dos anos 2010, o pessoal começou a adquirir cada vez mais caixas de som portáteis. Isso chamou a atenção até do mercado paralelo, que passou a produzir speakers que se parecem caixas de som daquelas que você tem em casa, além de produtos que imitam as caixas da JBL – obviamente, com uma qualidade muito inferior. Daí já viu, né? Grande ou pequena, potente ou fraquinha, original ou falsa, geral tá com uma caixinha de som na mão.
Leia também:
A cultura Sneaker no funk
Com o dedo pro alto e o copo de 700 – A relação do whisky com o Funk