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Bahia Eletrônica: entenda essa mistura no The Beat Diaspora

22.11.2022 | Por: Raynã Fulador

Hoje (22), sai o quinto episódio da série The Beat Diaspora, disponível no canal da KondZilla no YouTube. Agora, a bola da vez é o gênero Bahia Eletrônica e a cantora Fernanda Maia conduz o episódio que conta sobre o surgimento, as referências e tudo que envolve um dos ritmos mais tocados no estado. 

Antes do Bahia Eletrônica receber um nome de fato, primeiro foi criado uma identidade para o gênero. Por ser a primeira capital do Brasil, Salvador é muito ligada à ancestralidade e afrodescendência, sendo a cidade com mais pessoas pretas fora do continente africano e isso contribuiu para construção do ritmo e suas festividades, não só como um entretenimento mas como uma afirmação social também.

Tudo começou com o Samba Afro, nos anos 70, era o gênero que misturava as batidas das escolas de samba com ritmos do terreiro. Esse era o ritmo principal dos blocos afros que rolavam em Salvador. Depois surgiu o Samba Reggae que misturava as características e as similaridades do Samba Afro com o Reggae vindo da Jamaica, isso deu tão certo que foi criado um novo gênero. Já nos anos 80 surgiu o Axé, vindo da mistura de tudo o que foi criado com a “baianidade”, termo que os baianos usam para se referir a singularidades da região.

“As bandas de axé tem percussão, timbal e tudo o que nos lançamos e sempre na batida do que vem do bloco afro”

A evolução da tecnologia proporcionou desenvolvimento no gênero também, no episódio, temas como Carnaval, o trio elétrico e a reinvenção deles através do Navio Pirata do BaianaSystem são explicados. 

Como não poderia deixar de ser, o episódio também toca nas questões raciais, de gênero e sexualidade: a nova geração da música baiana não só está muito à frente destes enunciados como tem mudado, para o bem, uma série de paradigmas.

A série documental The Beat Diaspora apresenta a história do brega funk em uma criação de Coy Freitas,  produção original do YouTube, e realização da MyMama Entertainment em coprodução com a KondZilla, produção executiva de Mayra Faour Auad, Konrad Dantas e Coy Freitas e curadoria de Chico Dub e Dago Donato. A série contou com 5 diretores, sendo eles Tico Fernandes, Roguan (Roberto Andreoli, que dirigiu dois episódios), Carol Lima, Bruno Zambelli e Joyce Prado. E teve a direção de fotografia do premiado fotógrafo e diretor Urso Morto. Além dos nomes já citados, “The Beat Diaspora” contou com as roteiristas Juliana Borges e Joyce Prado, e produção executiva de João da Terra. Para saber mais leia a matéria completa.

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