Blackout Tuesday: funkeiros adotam apagão nas redes sociais
02.06.2020
| Por:
Wenderson França
A terça-feira, 2 de junho, está sendo marcada pelo “Blackout Tuesday” em português “apagão terça-feira”, um movimento promovido pela indústria musical nas redes sociais. O termo tem por objetivo apoiar a luta contra o racismo no mundo e foi adotado por grandes artistas, que vieram postar em suas redes uma foto toda preta com, “Blackout Tuesday” e “Black Lives Matter”, em português “Vidas Negras Importam”, movimento contra a violência contra a população negra, que voltou em pauta após a morte de George Floyd, por um policial branco, como falamos no início da semana. Veja alguns funkeiros que entram na corrente contra o racismo no Portal KondZilla.
Além das publicações nas redes sociais, parte da indústria musical não irá incentivar qualquer atividade de promoção, divulgação e atualização de dados como é o caso da plataforma do Spotify, que inseriu uma faixa de silêncio de 8 minutos e 46 segundos em playlists e podcast selecionados. O tempo é referente aos minutos em que Floyd aguentou o joelho de um policial branco em seu pescoço até vir a falecer.
Funkeiros como MC Kekel, Kevinho, Lexa, Mila, Jottapê, Dani Russo, MC Lan e muitos outros se posicionaram em suas redes sociais contra o racismo com a imagem preta seguida de “Blackout Tuesday”. O Kond da KondZilla, também puxou o bonde, incentivando as frentes KondZilla e KondZilla Records repudiar o racismo no mundo.
Celebridades globais como: Lázaro Ramos, Taís Araújo, Thiaguinho, Ludmilla, Preta Gil, Anitta, Angélica, Luciano Huck e outros também se posicionaram. Além disso, o movimento foi adotado por anônimos que estão escurecendo as redes sociais em forma de protesto.
As mortes relacionadas diretamente a cor de pele, infelizmente são mais comuns do que possamos imaginar. Além do movimento internacional, no Brasil, muitos casos semelhantes vem acontecendo com frequência, como o do garoto João Pedro, morto dentro de caso em uma operação policial no Rio de Janeiro. O racismo não mata somente milhares de jovens todos os dias no Brasil e no mundo, mas também destrói famílias, sonhos e objetivos. É hora de dar um basta no racismo estrutural que habita um pouco dentro de cada um de nós.