150BPM

“Em São Paulo, eu trabalho e não sou discriminado”, diz Polyvox sobre novo rumo da carreira

26.08.2019 | Por: Gabriela Ferreira

A gente tem acompanhado tudo que tem acontecido com o funk carioca, desde a situação do Rennan da Penha até o recente caso em que os DJs Polyvox e Iasmin Turbininha foram chamados para depor. No meio de tudo isso, Diogo Lima, mais conhecido como Polyvox, se juntou ao time da KondZilla Records e está passando mais tempo em São Paulo do que no Rio. O Portal KondZilla trocou uma ideia com o DJ pra saber mais sobre esse novo rumo que ele está tomando.

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“Decidi tomar um novo rumo na minha carreira”, diz Polyvox sobre a mudança para a capital paulistana. “Não sabia que SP era tão legal, se eu soubesse, tinha vindo antes”, brinca ele. “Aqui as pessoas realmente trabalham e estou do lado de uma pessoa que admiro muito, o Kond, que sempre foi muito legal comigo”.

Além da diferença nos sotaques dos cantores, as produções também tem diferença quando o CEP muda. “Aqui é outra forma de fazer música, bem diferenciado do que eu faço no Rio. Isso me dá uma alegria muito grande”.

Entre tudo que está acontecendo no Rio de Janeiro, uma coisa é certa: o funk continua acelerando e nos bailes de rua, a galera já tá tocando sets em 165 BPM e 170 BPM. Diferente do 150 BPM, que rola cantar acompanhando a batida, Polyvox não acredita que seja possível cantar em 170. “Não acredito que seja necessário cantar em 170 BPM, mas existem produções em 165. O que acontece é que nos bailes, o pessoal mixa pra ficar em 170. Nos bailes, existe o momento que a gente precisa tocar em 170, mas também tem momentos que precisamos desacelerar”, diz.

Fechando o papo, Polyvox comenta sobre a situação dos artistas do Rio. “As comunidades cariocas estão sendo muito perseguidas. As pessoas querem saber quem financia os bailes e querem achar um culpado”, comenta ele sobre a situação dos bailes cariocas, onde os bailes são financiados pelos barraqueiros. “Aqui em São Paulo, está sendo mais confortável. Aqui eu trabalho e não sou discriminado [por ser funkeiro]”.

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