Faleceu na sexta-feira, (20), a menina Ágatha Félix, 8 anos, por conta de uma bala perdida. Ágatha estava em uma Kombi junto da avó quando voltavam para casa no Complexo do Alemão, quando foi atingida nas costas. Segundo relatos, um policial disparou contra uma moto e atingiu a criança. A morte causou indignação da família e da comunidade, que regista a 16ª criança vítima de bala perdida. O sepultamento foi no domingo, em meio a protestos. O governador e o presidente não se manifestaram quanto a morte da criança.

Já falamos por aqui como a onda de violência vem atingindo o Rio de Janeiro com a notícia dos cinco jovens que foram mortos em confrontos policiais. Com a morte da Ágatha, a cidade registra a 5ª morte de uma criança por conta de bala perdida entre 16 vítimas crianças e mais de 100 vítimas ao todo – os dados são do coletivo Vozes da Comunidade pelo relatório Fogo Cruzado.

A polícia informou por meio de uma nota que policiais da UPP Fazendinha foram atacados de várias localidades de forma simultânea, e por conta disso houve confronto dos policiais.

“Vai chegar amanhã e [falar que] morreu uma criança num confronto. Que confronto? A mãe dele passou lá e viu que não tinha confronto. Com quem? Porque não tinha ninguém, não tinha ninguém. Atirou por atirar na Kombi. Atirou na Kombi e matou a minha neta. Foi isso. Isso é confronto? A minha neta estava armada por acaso para poder levar um tiro?”, disse aos berros Airton Félix, avô da criança, em vídeo do Jornal Hoje.

O Rio de Janeiro tem passado uma onda de violência que deixa números assustadores. Até agosto, a região metropolitana do Rio superou a marca de 5.000 tiros. Já foram registrados mais de 100 vítimas de balas perdidas. E agora, tivemos a 5ª morte de uma criança.

A KondZilla lamenta a morte da menina e envia os sentimos à família. Pedimos que essa onda de violência pare. Não podemos mais ver jovens e crianças mortos dessa forma.