Galã no funk, MC Brisola tá no movimento há uns dias
Cabelo milimetricamente ajustado, barba bem feita, voz rouca e olhar seduzente. São com essas características que o MC Brisola vem chamando a atenção da mulherada. Isso, é claro, sem falar das suas músicas. No funk, o melhor termômetro de sucesso são as ruas. E lá, Brisola é ídolo com as músicas “Sai da Bota do Pai“, “Giro Louco” e a mais recente “Minha Gostosa“. Mas pensar que Silas Santos Rodrigues, 24, é só um rostinho bonito e que caiu de paraquedas no funk é besteira. E o Portal KondZilla vai te explicar o quanto MC caminhou para chegar até aqui.
Como já dissemos, o funk é uma verdadeira roda gigante. Um dia você está em cima, em seguida pode estar numa má fase e contornar isso nem sempre é fácil. Artistas com carreiras consolidadas podem estar longe do topo, como também grandes ídolos surgem com pouco tempo de trabalho e tomam a liderança. E dentre as diversas resenhas que tivemos ao longo desse tempo, o nome do MC Brisola era constantemente lembrado como alguém que estava há uma cota buscando seu lugar ao sol.
“Ah, fico feliz em ser lembrado. E minha caminhada foi sofrida pra caramba mesmo. Eu canto funk há oito, nove anos e fui estourar mesmo o ano passado, com a [música] ‘Proposta Irrecusável‘”, explica. “Eu pensei, sim, em desistir nesse tempo, mas fui perseverante e tô nessa até hoje”, relembra Silas.
O título de ‘símbolo sexual’ não veio fácil e é uma fama que o MC leva na boa. Na verdade, ele até tira um barato disso, e está sempre se cuidando para se manter na estica. “Ah, eu me cuido, claro. Mas nada de exagerado. Isso aí eu levo de boa, até porque eu gosto da parada. Ajuda nas letras também, né?”, conta de forma humilde.
Cria da Vila Nova Galvão, Zona Norte de São Paulo, Brisola (apelido que ganhou ainda moleque por estar sempre “na brisa”) conheceu o mundo do funk graças aos amigos – um deles, o MC MM, que há época era conhecido como MC Marcinho, da dupla Lello e Marcinho (nós já contamos essa história aqui no Portal).
A curiosidade por todo aquele universo, fez com que o Silas andasse pra cima e pra baixo com uma base de funk e rimando em quermesses pela Zona Norte. “De começo, eu saia com uns amigos que cantavam e achava daora o rolê. Comecei a rimar em cima de umas batidas. Eu escutava muito o pessoal do Rio de Janeiro, o MC Max, MC Tikão, MC Buiu. No começo eu cantava proibidão mesmo”, explica o cantor que mudou o teor das letras com o passar do tempo.
Lá em meados de 2012, o MC Brisola se tornou um dos primeiros MCs da GR6, que até hoje é uma das produtoras de funk no atual mercado de São Paulo. De lá para cá, se passaram sete anos, e muita coisa mudou.
“Estar numa produtora foi fundamental pra minha carreira, eles me ajudaram e ajudam muito até hoje. A GR6 foi crescendo, e eu fui crescendo junto. Mas não foi fácil não, eu via muitos MCs chegarem, estourarem e eu fazendo meu trampo, buscando algo. Vi muita gente passar e eu esperando minha chance, sempre focando nos meus trampos”.
Com muita persistência, o MC diz que o primeiro gostinho do sucesso chegou em 2016, com a música “Proposta Irrecusável“. E desde então, ele não saiu mais do trono, até porque foi difícil conquistar esse sucesso.
Além de todo o visual, as letras de Brisola também remetem a sexo. Mas o cantor garante que não são apenas as letras que fazem a diferença. “Eu agradeço muito ao DJ R7, ele é um dos responsáveis pelo sucesso do MC Brisola. Tem o DJ Perera e o DJ LK, que me ajudaram bastante nessa caminhada, porque uma boa produção faz diferença. As letras, pra mim, é mais tranquilo, né? Tenho bastante inspiração”.
Hoje, o cantor pode afirmar que é muito mais que um rostinho bonito no funk. Com uma trajetória de respeito e sucessos que rodam os fluxos de São Paulo, o cantor já pensa no próximo passo e quer fazer umas músicas leves, visando “atingir um outro público”.
E para a molecadinha que sonha em entrar numa grande produtora e fazer sucesso no funk, vale a pena pegar a visão do MC.
“Tem que ter persistência. Nada na vida vem fácil, você tem que fazer o seu caminho e ter foco. E também amar o que está fazendo, fazer com gosto é fundamental. Pensei em desistir, fiquei triste várias vezes, porém amo isso aqui [funk]. Fui e sou persistente”, conclui.
Brisola pode ser considerado um exemplo que nada, realmente nada, cai do céu. E o sucesso não vem da noite pro dia.
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