Comportamento

Djonga revela sua opinião após a TV Globo usar sua música como símbolo antirracista

29.09.2022 | Por: Janaine Fernandes
Djonga revela sua opinião após a TV Globo usar sua música como símbolo antirracista

No último final de semana, a KondZilla esteve presente no Festival Planeta Brasil e entrevistou um dos maiores rappers da cena nacional, Djonga. Durante a entrevista, o cantor revelou a sua opinião após a TV Globo ter utilizado a música Hat Trick em um vídeo com protesto antirracista após o jogador Vinícius Jr. ter sofrido ataques de jogadores europeus. Direto e reto, Djonga não estendeu o assunto e simplesmente afirmou que a emissora não fez nada mais que a obrigação. “Obrigação né, deles”.

Nos comentários da entrevista, o público parabeniza a resposta do rapper, que sem rodeios disse o que pensava sobre a atitude da televisora. Se liga na entrevista:

Entenda o caso

Nas últimas semanas, Vinicius Junior, jogador da seleção brasileira e do Real Madrid, sofreu ataques racistas após comemorar a vitória do seu time contra o RB Leipzig, realizando as famosas dancinhas. O presidente da Associação Espanhola de Empresários de Jogadores, Pedro Bravo, afirmou em um programa da televisão espanhola que Vini Jr. precisa “deixar de fazer macaquice” [“hacer el mono”, em espanhol], em referência às danças que o brasileiro costuma fazer após gols.

“Você tem que respeitar o adversário. Quando você faz um gol, se quer dançar, que vá ao sambódromo no Brasil. Aqui o que você tem que fazer é respeitar os companheiros de profissão, e deixar de fazer macaquice”, afirmou Bravo.

Em seguida, o empresário foi rebatido pelo comentarista Tomás Roncero, que repreendeu a fala do Pedro Bravo. “Espera aí, um jogador que dança não está ‘fazendo macaquice”, interrompeu. 

Diante da situação, a emissora Globo resolveu intervir e veicular um video com o protesto, repudiando a atitude racista.

O jogador Vinícius Jr. também se pronunciou, afirmando que não vai parar com suas comemorações em campo e deixou o recado para os racistas:

“Há semanas, começaram a criminalizar as minhas danças. Danças que não são minhas, são do Ronaldinho, do Neymar, do Paquetá, do Pogba, do Matheus Cunha, do Griezmann e do João Félix. Dos funkeiros e sambistas brasileiros. Dos cantores latinos de reggaeton e dos pretos americanos”, disse. No mesmo vídeo, Vini ainda afirma “Mas repito para você, racista: Eu não vou parar de bailar. Seja no sambódromo, no Bernabéu [estádio do Real Madrid] ou onde eu quiser”.

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