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As tretas envolvendo o SoundCloud

29.09.2017 | Por: Redação

A internet é uma benção nas nossas vidas, e para quem gosta de música é uma benção maior ainda. Hoje você carrega discografias inteiras e de diversos artistas no seu celular. Falando especificamente do público do funk, a internet revolucionou o ritmo desde os seus primórdios, com diversas plataformas que facilitam a distribuição das músicas e o acesso do público. Uma das ferramentas mais famosas atualmentes é o SoundCloud, que é gratuito e te permite, além de ouvir suas músicas preferidas on-line, publicar produções, remixes e fazer o download dos arquivos. No entanto, tá rolando um boato de que o serviço está com os dias contados, e o Portal KondZilla vai explicar melhor essa história.

A relação do funk com a internet começa lá no ínicio dos anos 2000, com o boom da internet em banda larga no Brasil. Começaram a pipocar sites que ofereciam download gratuito das músicas, como o caso do funkneurotico.net e o funkmp3.net, que fizeram a alegria de muita gente. Ainda nessa década, o YouTube se popularizou para além de uma plataforma de vídeo, e canais como o Detona Funk e Legenda Funk fizeram – e ainda fazem – sucesso divulgando músicas.

O que mudou dos anos 2000 para a nossa década atual foi o surgimento de novas plataformas digitais, que estão tomando conta do mercado musical. Em linhas gerais, o movimento que antes era popular pelo download, fez uma mudança natural para o streaming (palavra que significa transmissão ao vivo). Estamos falando das redes Spotify, Deezer e o próprio SoundCloud, esse último se destacando por oferecer um serviço 100% gratuito, on-line e voltado para artistas “undergrounds“, o que é o caso do movimento de funk.

#Como surgiu o problema?
O Soundcloud permite que qualquer pessoa possa subir músicas na plataforma. A conta gratuita permite que você suba até 2 horas de conteúdo, tudo isso necessitando apenas de um e-mail. A ferramenta também permite o streaming de qualquer música de forma gratuita, sobrevindo apenas de contas pagas – que permite que você suba mais horas de conteúdo.

O problema surgiu quando grandes gravadoras começaram a cobrar do SoundCloud royalties pelo streaming das músicas que controlavam e que estavam na plataforma. Por exemplo: se você procurasse na plataforma alguma música da Rihanna, você poderia ouvir de forma gratuita e o artista e a gravadora não recebiam nada por conta disso. Agora, se você procurasse a mesma música em alguma plataforma de streaming que rentabiliza o artista – como o Youtube ou Spotify – todo mundo ganha.

Assim, a briga pelos direitos autorais fez com que o SoundCloud pagasse quantias gigantescas para essas gravadoras, senão as gravadoras conseguiriam fechar o SoundCloud – por processos e pressão.

Foi aí que a conta não fechou. As assinaturas do SoundCloud não rentabilizavam a empresa de forma a pagar royalties, os valores eram apenas para pagar os funcionários e manter a plataforma no ar. Diferente das assinaturas do Spotify, por exemplo, que é uma plataforma que divide o que recebe com os artistas, o SoundCloud visava apenas manter a estrutura e que fosse livre para todos.

#Mas por quê o SoundCloud pode acabar?
Essa história surgiu graças a uma reportagem do site TechCrunch. Na matéria, funcionários falaram sobre a demissão de 173 pessoas em julho, o que representa 40% do quadro da empresa. Explicaram também que essas demissões em massa se justificaram para manter tudo funcionando por mais três meses.

Por ser uma plataforma gratuita, o SoundCloud vem enfrentando problemas para se manter em pé. Para tentar equilibrar a balança, foi lançado, em 2016, o serviço SoundCloud Go, uma espécie de “serviço premium”, que ofereceria um conteúdo mais pop, além do underground. Mas essa novidade não vingou.

Por conta de todo esse diz que me diz, já tem uma galera sugerindo que os usuários da ferramenta façam backup de tudo, antes que seja tarde demais.

#E o que diz o SoundCloud?
O SoundCloud diz que tudo isso não passa de mera especulação e, mesmo admitindo que as finanças não estão nos seus melhores dias, a empresa garante que o serviço não vai acabar tão cedo.

“Tem um monte de barulho insano sobre o SoundCloud em todo o mundo agora. E é apenas isso, barulho. A música que você ama no SoundCloud não tá indo embora, a música que você compartilha ou faz upload não tá indo embora, porque o SoundCloud não tá indo embora. Nem em 50 dias, nem em 80 dias, nem em um futuro próximo. Sua música está segura”, disse, em nota no site oficial do SoudCloud, o CEO da plataforma, Alex Ljung.

E, como o SoundCloud é uma parada querida por muitas pessoas envolvidas com música, tem muita gente querendo ajudar a parada a dar certo. Uma dessas pessoas é o Chance, The Rapper, que chegou a tuitar isso aqui:

Enquanto essa fita não é resolvida, nós continuamos aguardando as cenas dos próximos capítulos.

Aproveite para seguir o perfil oficial da KondZilla Records.

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