Conte aqui sua historia

“O funk salva vidas e salvou a minha”, diz MC Maraka

02.07.2021 | Por: Redação

Hoje é dia de Conte Aqui Sua História, o espaço da KondZilla aberto pra você contar suas histórias, e quem aparece por aqui hoje é o MC Maraka, veterano no corre do funk, que já abriu shows pro Racionais MCs, MC Daleste, MC Neguinho do Kaxeta, e por aí vai. Pega a visão:

“Salve Kondzilla! Meu nome é Matheus Leite Messias, mais conhecido como MC Maraka, e tenho 28 anos Nasci em São Vicente, na baixada santista e hoje moro em São João da Boa Vista, São Paulo.

Sou MC há 14 anos, comecei cedo, com 14 anos de idade, com influência do falecido MC Primo, que foi de grande importância para que eu conhecesse e entrasse para cultura do funk. As letras do MC Primo sobre a realidade da vida na favela me fizeram ter vontade de começar a falar sobre a minha realidade e sobre como eu me sentia também. 

Perdi muitos amigos pro crime porque infelizmente, assim como nas capitais, no interior de SP não é diferente, os jovens da periferia infelizmente são muito discriminados, tanto no mercado de trabalho como na sociedade. 

Influenciado pelas letras dos meus ídolos do funk, MC Neguinho do Kaxeta e Felipe Boladão, aprendi que o crime não era uma saída ou uma solução boa para meus problemas. Aí preferi aprender o ofício de barbeiro que exerço desde os 15 anos até hoje, e comecei a escrever minhas músicas e a cantar pros moleques da quebrada mesmo. 

Continuei até que uma gravadora de Vinhedo me convidou pra gravar uma dessas músicas. A primeira que gravei foi “Valinhos é Nois que Tá”, que teve uma boa repercussão em Valinhos. A partir daí, comecei a viajar pra cantar, participei de batalhas de MCs por influência do rap, que também é muito presente na minha vida. Cheguei a participar de dois DVDs “Palhaço Digital” e “Melhores do Ano”, da KL Produtora. Participei de programas de TV tipo o “Programa do Jacaré”, e já abri shows de grandes nomes do rap nacional e do funk, como Racionais MCs, Facção Central, MC Neguinho do Kaxeta, MC Daleste, entre outros. Também passei por produtoras como a Mega e a KL.

A maior dificuldade que eu mais enfrentei e enfrento até hoje é o preconceito, tanto pela cor da pele, quanto pelo gênero musical que canto. 

Hoje sou filiado a produtora Onda do Funk, que fica na zona sul de SP, que graças a deus estamos trabalhando pra realizar esse sonho que venho lutando desde criança.

O que aprendi com a minha caminhada foi que existe sempre um outro jeito de se poder chegar, e sinto muita saudade dos meus amigos que se foram nessa vida louca e dos que estão privados de liberdade. O funk salva vidas e salvou a minha!”.

Se identificou com a história dele? Manda a sua pra gente no e-mail conteaquisuahistoria@kondzilla.com e não se esqueça de mandar suas fotos, contato e redes sociais pra gente entrar em contato.

PUBLICIDADE Flowers

Veja também

PUBLICIDADE Flowers