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MC Alê, um menino sonhador

02.10.2018 | Por: Jeferson Delgado

Dentro do funk há diversos subgêneros que tornam cada músico um formato único. Existe o ostentação (que fala das coisas boas e caras da vida), o que retrata mais o prazer, o corpo e existe o consciente – que relata diretamente os problemas das periferias e conta sobre o cotidiano de quem é favelado nato. MC Alê, com seus poucos 14 anos, é um dos nomes da nova geração do consciente, tendo no currículo “Vai Melhorar” (700 mil visualizações), “Enrola O Cabo” (com 4 milhões), além da divertida “Preta Cor de Chumbo” (com 12 milhões). O Portal KondZilla trocou ideia com o garoto pra conhecer melhor essa fita toda.

O funk abriu as portas para jovens de periferia Alexandre Custódio, que com 14 anos anos, é mais um prosperar no movimento funk. MC Alê vem forte na cena do funk consciente, com uma pitada de rouquidão na voz e cantando letras que relatam o dia a dia da periferia. Ele canta tudo que há nesse ambiente, realizando um sonho, literalmente, a cada dia que passa na sua carreira.

“Eu levo a sério [a carreira] desde uns 9, 10 anos de idade”, explica Alê, que trocou uma ideia com o Portal KondZilla nas gravações do videoclipe “Enrola O Cabo“.“Através de sonho, eu sonhei que eu cantava em um palco cheio de gente. Foi inexplicável”.

MC Alê é moleque novo mas conta com um currículo de visualizações de gente grande, seu maior sucesso até o momento, a faixa “Preta Cor de Chumbo” conta com mais de 12 milhões de visualizações no YouTube. A música tem uma levada de malandragem no ar: enquanto ele idolatra uma morena cor de chumbo, o que te leva a crer que seja sua amada, na verdade ele fala de uma motona turbinada, com a tonalidade preta dor de chumbo. Se você reparar, com essa idade qualquer moleque de quebrada sonha em ter uma dessas e não foi a toa que veio dai a ideia da música.

“Acredita que foi através de sonho também?!”, brinca o MC. “Falando a real mesmo, a molecada lá da quebrada dormia com a moto dentro de casa, coisa de apaixonado mesmo. Com isso, fiz essa letra, que já tem um tempo, com um duplo sentido. A letra tem a ver com a moto e a mulher. Mas, na verdade, eu falo da moto”.

Alexandre conheceu o funk ainda criança, lá pelos 9, 10 anos de idade. Com batidas na palma da mão e voz, começou a fazer uns medleys (junção de várias músicas) com amigos que também cantavam. Hoje, menino do Parque São Bernardo, em SBC, estourou e está com a agenda repleta de shows, cantando suas músicas para o público que curte a vertente do consciente. Alê não mora mais na sua quebrada de origem, o MC se deslocou para Osasco com a intenção de ficar mais próximo ao seu trampo e Piqueri onde reside.

Quando você está em ascensão no funk, naturalmente a galera da quebrada começa agir de forma diferente contigo, principalmente quando não esperavam que você vá estourar musicalmente. Com Alexandre não foi diferente: “É uma coisa que eles não esperavam, eu esperava através de sonho, eu me via em palco, só não esperava chegar aonde eu cheguei”. “Preta Cor de Chumbo” é o principal som do MC Alê e conta com 12 milhões de visualizações e o sucesso foi tão grande que a música é cantada dentro do repertório de grandes artistas do cenário do funk como MC Dedê.


*Foto por: Reprodução // Facebook

Como o próprio Alexandre disse não esperava chegar até onde chegou atualmente, inclusive sendo o novo contratado da KondZilla Records. Já pensou um conhecido seu ou até mesmo você estourar uma música com apenas 14 anos? O funk e os sonhos que se tornam realidade e pra isso Alê da a letra: “Nunca desista. Sonho, Fé, Deus existe, acredita que acontece, a palavra é nunca desistir do seus sonhos”.

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