Página “Se Poema Fosse Funk” faz paródias de poesias tradicionais com linguagem dos bailes
O funk é um poema por si só, mas já pensou se a gente misturasse de vez as duas narrativas? Essa é a ideia da página Se Poema Fosse Funk. Nós batemos um papo com o criador, Murilo Lense, para sacar como surgiu essa iniciativa. Pega a visão!
No perfil do Instagram, a gente encontra alguns poemas famosos com situações faladas nos funks, como idas ao baile, flertes, e afins. “A ideia da página surgiu quando eu estava lendo um poema do Drummond com uma amiga minha, e começamos a pensar como seria aquele poema na linguagem de hoje em dia. Então, ela sugeriu que eu fizesse uma página com essas traduções. Comecei a fazer essas paródias de poemas famosos com gírias do funk”, comenta Murilo.
Se liga nessa paródia dos conhecidos versos de Manoel de Barros, em a “Canção do Exílio”, que viraram o “Bailão do Exílio”:
Murilo conta que se aproximou mais do mundo do funk depois de ver “Sintonia”. “Eu ouvia muito funk quando ia pras festas, mas sempre achei as letras maneiras e divertidas. De uns anos pra cá, estou ouvindo mais e também assisti à série da KondZilla”.
E aí, tem algum funk que daria um poema brabão ou alguma poesia que seria muito melhor na linguagem do funk? Conta pra gente!
Ah! Além da página “Se Poema Fosse Funk”, nos últimos meses também surgiu a Funkeiros Cults, que desmistifica a ideia preconceituosa de que funkeiro não lê e não gosta de filosofia. Inclusive, já trocamos uma ideia com eles. Se liga no flow dessa galera que desenrola várias visões mil graus.