MC Liro manda o papo pra rapazeada não cair na vida loka
Há um ano no corre do funk consciente, MC Liro, apesar de ter apenas 21 anos, tem muita lição pra ensinar por meio de suas músicas. Recentemente, o cantor lançou “Não Vou Mais“, com ninguém mais ninguém menos que o MC Lele JP. No som, os dois passam a visão da melhoria e conscientizam os fãs a não se envolverem com o mal caminho. A letra diz muito sobre o corre do MC Liro, e o Portal KondZilla trocou uma ideia com ele pra entender mais. Se liga.
Com mais de 1 milhão de visualizações no YouTube, “Não Vou Mais” é papo sério e reto: os MCs falam sobre parar de roubar e refletem sobre o assunto. O tema é bem próximo dos dois, já que ambos caíram na vida loka e depois acharam no funk uma forma de conscientizar os outros a não seguirem o mesmo caminho. “Iniciei no funk quando fui preso. Fiquei seis meses na cadeia e lá dentro não tinha nada pra fazer. Então comecei a escrever e a cantar na roda que eles faziam durante os dias de visita”, comenta MC Liro.
Já na rua, Liro conseguiu um trampo e gravou um vídeo cantando, que acabou viralizando e fez com que ele se jogasse com tudo no mundo do funk. “No começo, minha mãe nem acreditava em nada. Hoje, ela é uma das minhas maiores fãs e tem muito orgulho de mim”.
Podemos dizer que o mundão está girando, mas antes disso, Liro passou muito veneno. Com apenas 21 anos, o jovem foi criado em Campinas e dos 6 aos 16 anos passou os fins de semana em São Paulo vendendo pano de prato pra ajudar na renda de casa.
Antes mesmo de se iniciar na vida loka, Liro pensava em ser jogador de futebol, chegou até a jogar no Campeonato Paulista sub-20, mas abandonou o sonho da bola quando foi preso. Na cadeia, começou a escrever e hoje acumula composições gravadas por outros artistas consagrados, como MC Kelvinho, MC Fioti, MC Lon, MC Paulin da Capital, entre outros. “Percebi que minhas letras eram boas quando os caras que eu admiro começaram a gravar minhas músicas”, explica ele. “Minha missão no funk é poder passar pra todos que me escutam que ainda há esperança. As crianças se inspiram em mim por minha história de vida, por eu não desistir e o segredo de tudo é a gratidão!”.