MC Rick, desde pivete representando o funk mineiro
Foto: Reprodução // Facebook
A cultura baile funk é plural e além de ser ouvida por vários cantos desse Brasilzão, é responsável pelo surgimento de vários nomes a cada dia, sendo o sonho de muitos jovens de quebrada. Nós, do Portal KondZilla, já mostramos como foi construído e como anda o cenário de Minas e agora trocamos uma ideia com o MC Rick, uma das principais revelações da cena de MG, e que tem no currículo sucessos como “Sarro, Gosto“, “Cobiçadas no Twitter“, “Cabelo Que Voa“, que somam mais de 10 milhões de visualizações no YouTube. Se liga no papo:
“Eu acho daora demais representar o lugar onde nasci. Uma responsabilidade grande, né não?”, explica o MC, em entrevista ao Portal KondZilla. “Eu só quero que minha quebrada fiquei conhecida. E eu fico muito feliz também quando falam daqui e já citam meu nome, é uma troca. Eu acho que a grande inspiração dessa rapaziada é o Delano, ele me ajudou muito no começo, e creio que os meninos também”.
Cria de Minas Gerais, Erick Warley de Oliveira, 17, vê essa fase do funk mineiro com bons olhos. Orgulhoso de onde veio, ele faz questão de dar uma moral pros manos que vieram do mesmo lugar que ele, como Delano, MC Kaio, MC L da Vinte e outros nomes que vem chamando a atenção além do eixo Rio São Paulo.
É importante deixar calro que o funk de Minas, que sempre teve uma pegada romântica e sensual, não entrou na cena por essas épocas. A diferença é que agora a atenção de geral está voltada praqueles lados, com videoclipes alcançando milhões e milhões de visualizações, caso de “Parado no Bailão“, do MC L da Vinte, por exemplo, que entrou no Top 50 do Spotify e já tá com mais de 70 milhões de visualizações no YouTube.
MC Rick e BH de fundo – Foto: Reprodução // Instagram
O funk virou algo presente no cotidiano das periferias de todo o Brasil. Rick já sabia o que queria ser desde menorzão. “Eu sou nascido e criado numa favela, então cresci ouvindo funk, tá ligado? Na minha escola, geral escutava funk. A gente rimava no ônibus indo pra escola. Eu via o MC Rodolfinho, MC Dede, rimando em muito medley, rimando na hora, e como eu era menor, eu já era fã”.
Nessa onda de rimar na hora, no meio da galera, a parada acabou se tornando mais séria e Rick gravou duas músicas que deram início a sua carreira. “Ela é A Mais Linda do Baile“, que alcançou grandes números na época e, meses depois, veio “Sarro, Gosto”. A faixa estourou por diversos lugares do Brasil no ano de 2014, quando Rick tinha apenas 14 anos. Lembro que na época tocava várias vezes no baile da quebrada que eu morava. Estourar um funk com apenas 14 anos é algo especial, imagina só: você é apenas um adolescente e já tem que lidar com uma vida artística?!
“Eu não tava muito preparado pra isso, tanto que eu não consegui manter o sucesso e deu uma caída. Eu tava lançando uns trampos, não tava fluindo e tinha muita gente me xingando até”. Mas Rick persistiu e continuou lançando seus trabalhos pelos anos seguintes, mas só em 2017 conseguiu voltar com trabalhos que tiveram aceitação do público.
Rick pode ter 17 anos, mas a mente do moleque é avançada. Confiante, ele conta que procura moldar seu próprio estilo e que ainda tem muito a crescer. “Eu procurei fazer uma parada diferente, curto vários trampos mais no momento não me inspiro em ninguém. A minha meta é ser conhecido mundialmente, uma coisa muito longe ainda, mas você tem que ser ambicioso e eu ainda não conquistei nada ainda perto do que tem pela frente”.
Seja MC Rick, MC L da Vinte ou MC Kaio, o funk mineiro está bem representado e vem ganhando espaço na cena cada dia que passa com seus trabalhos na rua, sempre destacando suas gírias e dialetos locais. Os MCs sempre mostram de onde vêm e onde querem chegar, Rick é mais um sonhador que desde menor conseguiu mostrar seu talento no funk e busca se firmar cada vez mais.
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