Conheça a história de Maycon de Souza
Sexta-feira é dia de Conte Aqui Sua História no Portal KondZilla e quem cola aqui hoje é o Maycon de Souza Paixão, diretamente de Guarulhos, para contar mais sobre a história dele e a relação dele com o funk. Se liga:
“Meu nome é Maycon de Souza Paixão, tenho 26 anos e sou de Guarulhos, São Paulo. Digamos que minha infância foi 50% boa e 50% ruim. Eu brincava muito na rua e na escola, como qualquer criança. Às vezes era bem regrado por ter nascido em berço evangélico, então às vezes tinha que dar uma escapada pra brincar.
Por ser gordinho, eu sofria bullying, mas fingia não me importar com a zoação, tentava não demonstrar que aquilo me afetava de alguma maneira e me deixava mal. Então por muitas vezes eu zoava junto pra disfarçar a dor de ter as pessoas me zoando por ser diferente do padrão delas, e assim fui vivendo até minha adolescência, quando resolvi dar um up na minha saúde.
Minha história com o funk começou na minha adolescência, por volta dos meus 16 pra 17 anos, logo quando me afastei de vez da igreja. Na época, eu ouvia muito o finado Daleste, que inclusive uma vez fez um show aqui no bairro onde moro. Eu também curtia muito MC Pikeno e Menor, MC Neguinho do Kaxeta, MC Boy dos Charme, entre outros que ouvia bastante com amigos. Na época íamos em alguns bailes na zona leste. Quem nunca teve aquele grupo pra passar com som estourando na porta das faculdades e escolas? Desde então comecei a acompanhar os lançamentos e cheguei a ir em shows no Cabral. Cheguei a ver show do MC Luan, que na época tava estourado com “Casa das Primas“.
Sempre sonhei em ser famoso um dia. Acho que todo mundo já imaginou isso, só que até então, eu nunca tinha pensado em ser MC, até que uns oito meses atrás me despertou essa vontade. Escrevi minha primeira letra de uma música pop. Eu estava ouvindo uma música e na hora me veio uma letra de paródia. Pensei que seria interessante tentar algo, aí fui escrevendo, escrevendo, pensando aqui e ali e hoje estou com algumas letras minha prontas dos mais variados estilos, tem consciente, tem uns sobre o que aconteceu na minha vida, o que acontece hoje. Escrevi uma letra sobre o que estamos passando com a pandemia, com uma leve alfinetada ao governo, fiz uma homenagem pro MC Kevin. Agora é só tentar lançar e com fé em deus, torcer pra alguma delas ser sucesso. Não custa nada sonhar, é como dizia o MC Kevin: ‘então persiste, a mente é fértil, pra sonhar não tem limite’.
Acho que minha missão no funk é ajudar as pessoas de alguma forma, a música em si ajuda muitas pessoas a passar por vários problemas ou situações na vida. Quando rola a empatia é algo surreal, seja por meio da identificação com alguma música ou com o artista que tá cantando.
Meu maior sonho é viver bem e um dia poder conquistar uma casa, um carro, poder ajudar de alguma maneira todas as pessoas que me apoiaram quando eu tava no fundo do poço. Uma dessas pessoas é a minha amiga Katia Kleparde. A gente se conhece há seis anos e mesmo eu já tendo a magoado, ela nunca desistiu de mim e foi a única que me estendeu a mão quando eu estava no fundo do poço. Também sonho em poder ajudar as pessoas com as minhas letras, nem que seja a sorrir ou a nunca desistir dos objetivos delas.”
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