Confira o que rolou na Virada Cultural após dois anos sem o evento no formato presencial
No último sábado (28) e domingo (29), rolou um dos principais eventos gratuitos do ano, a Virada Cultural, intitulada nessa edição de ‘Virada do Pertencimento’, encontro que não acontecia presencialmente desde 2019, por conta da pandemia, preencheu a cidade de São Paulo com mais de 300 shows, espalhados por 96 endereços em várias regiões da cidade.
O evento contou com inúmeros artistas e um público de tirar o fôlego, teve muito funk, rap, forró, reggae, rock e diversos outros estilos para não deixar ninguém de fora da festa. A KondZilla estava presente e realizou a cobertura de alguns shows para quem perdeu a oportunidade ou quer rever mais detalhes das atrações.
Sábado 28/05
Mv Bill e Kmilla CDD
Centro Cultural Cidade Tiradentes
Depois de anos longe da terra da garoa, a dupla voltou a se apresentar em São Paulo e estreou o palco da Cidade Tiradentes na Virada Cultural de forma especial. O show de aproximadamente uma hora fez a plateia relembrar clássicos do rap brasileiro, um deles foi “Estilo Vagabundo”, que agitou a Zona Leste com uma atuação impecável dos irmãos em cima do palco.
Sucessos mais recentes também fizeram parte do espetáculo, Mv Bill cantou trechos de sua participação em edições de “Poesia Acústica” e “Poetas no Topo”, pela Pineapple StormTv e depois deu espaço para Kmilla apresentar algumas de suas faixas solo.
Karol Conká
Centro Cultural Cidade Tiradentes
A Mamacita, como é conhecida, foi a segunda atração na Cidade Tiradentes e mostrou que sua retomada aos palcos tem sido renovadora para deixar as polêmicas no passado. O show foi extremamente contagiante com músicas que era difícil ficar parado. Em seu repertório, trouxe o novo álbum “Urucum” e hits como “Tombei” e “Dilúvio”.
A cantora afirmou que seu último lançamento foi o conjunto de suas quatro personalidades, descobertas depois que começou a fazer sessões de terapia. Karoline, Mamacita, Jaque Patomba e Karol Conká são as “personas” por trás da artista, que escreveu as letras do álbum com intuito de demonstrar um pouco de cada uma delas.
Black Alien
Centro Cultural Cidade Tiradentes
Retornando aos palcos da Virada Cultural depois de grandes shows em edições passadas, Black Alien recebeu a Zona Leste em peso e foi a atração com mais espectadores do Centro Cultural. Destaque para as faixas “Carta pra Amy”, “Vai Baby” e “Quem nem meu cachorro” que contaram com o apoio do público para tornar a acústica do evento especial.
No fim do show, o artista fez questão de mostrar a camiseta com a frase “Vidas na craco importam”, denunciando a violência policial na região da cracolândia na tentativa de desocupar o local.
Domingo 29/05
MC Paulin da Capital
Viaduto do Chá, Anhangabaú
O Mandrake na voz também cantou no Viaduto do Chá, sua apresentação iniciou assim que o público começou a se estabilizar após as confusões que estavam acontecendo no evento.
Ainda que houveram alguns episódios negativos para quem só queria aproveitar o show, o Mc não deixou ninguém voltar para a casa sem uma experiência positiva de sua apresentação. O cantor animou a todos com seus hits, preenchendo o palco excelentemente e tornando o início da madrugada muito mais agradável.
É o Mandrake na voz! ?
— KondZilla (@KondZilla) May 30, 2022
MC Paulin da Capital durante o show da Virada Cultural no Viaduto do Chá ? pic.twitter.com/E9Lb65ngP3
MC Lipi
Viaduto do Chá, Anhangabaú
Não faltou funk no Viaduto do Chá, o dono do sucesso ‘Despertador da Favela’, se apresentou no palco na virada de sábado para domingo e não deixou ninguém sentir sono naquela madrugada.
Teve muita música boa! Lipi cantou muito e não deixou de fora o seu hit ‘Bem Melhor’ em colaboração com o Mc Hariel.
Lembra do Menor Ralé? ?
— KondZilla (@KondZilla) May 30, 2022
MC Lipi parando tudo no Viaduto do Chá ? #viradacultural pic.twitter.com/jkqC0o4qZ7
MC Neguinho do Kaxeta
Viaduto do Chá, Anhangabaú
O Mc se apresentou em um dos maiores palcos dispostos no evento pela cidade, sua apresentação que rolou na madrugada de sábado para domingo, no Viaduto do Chá, transbordou a essência do cantor, teve muita simpatia, energia e talento, no estilo bem louco e sonhador.
Apesar da apresentação incrível, acabaram rolando algumas brigas e desentendimentos na multidão, que infelizmente afetava a festa e a diversão do público que só queria curtir.
Se liga na atmosfera do show! ?
— KondZilla (@KondZilla) May 30, 2022
MC Neguinho do Kaxeta durante o seu show da Virada Cultural no Viaduto do Chá ? pic.twitter.com/2PlWa7fcHD
MC Hariel
São Miguel Paulista
O Mc foi uma das principais apresentações do palco de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo. Abrindo o show com ‘Ilusão (Cracolândia)’, funk consciente em colaboração com outros importantes cantores da cena, Hariel reuniu uma multidão de jovens que lotaram a rua, até mesmo os muros, e cantaram seus hits em alto e bom tom. O Mc também relembrou de seu amigo, o inesquecível Mc Kevin, e aproveitou para cantar seu feat Junção Venenosa e o sucesso Veracruz do amigo.
Além da apresentação marcante, Hariel também falou bastante sobre a importância do funk e de eventos culturais gratuitos para a quebrada, o cantor explicou como é necessário trazer o jovem para perto por meio da arte.
Djonga
Itaquera
Se apresentando em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, o cantor fez o chão tremer, com muito entusiasmo, sua apresentação trouxe dançarinos com coreografias caprichadas e um figurino colorido no melhor estilo brasileiro.
A festa teve mais de 100 mil pessoas presentes, segundo a organização do evento, e um coro incrível do público em todas as músicas, não faltou voz! Djonga ainda pausou seu show em dois momentos para auxiliar o público e ajudar o corpo de bombeiros no socorro de quem acabou passando mal no meio da multidão.
Tasha e Tracie
Centro Cultural Cidade Tiradentes
A primeira apresentação das gêmeas na Virada Cultural veio acompanhada de uma grande responsabilidade, encerrar o evento da Cidade Tiradentes. Nada que fosse difícil para Tasha e Tracie, que cumpriram o objetivo com um show repleto de glamour, personalidade e música boa. O destaque ficou para a performance no palco e as danças sincronizadas das irmãs.
A dupla busca fortalecer a auto estima da mulher preta de periferia e afirmou que em breve lançarão um álbum, deixando os fãs muito ansiosos.
E teve muito mais! Essas foram apenas algumas das principais atrações que rolaram nesses dois dias de Virada Cultural.
Pela primeira vez o evento não foi focado no centro, mas sim espalhado também pelas quatros regiões da cidade, a festa conseguiu atender diferentes públicos e conquistar novas pessoas que nunca haviam colado no evento. A arte ficando mais perto e acessível para a quebrada!