Brasil tem manifestações contra o racismo e a violência em diversas cidades
No último domingo (7), várias cidades do Brasil tiveram manifestações contra o presidente do Brasil e pedindo o fim do racismo. Além da galera fazendo oposição ao governo, também teve passeata a favor do presidente, mas em número muito menor. Chega aí pra entender.
Foto: Matheus Guimarães // Voz das Comunidades
Inspirados nas manifestações antirracismo que tomaram os Estados Unidos nos últimos dias, depois da morte de George Floyd, milhares de pessoas saíram nas ruas pra protestarem contra a violência contra o povo preto. Essas situações de violência contra o povo negro acontece aqui no Brasil também, caso de Miguel, filho de uma doméstica que precisou levar o filho pro trabalho e quando ele ficou na supervisão da patroa, caiu da janela do prédio e morreu. Outro caso é do João Pedro, adolescente morto no meio de uma operação policial em maio, no Rio de Janeiro. Os protestantes também se manifestaram contra o presidente Jair Bolsonaro.
Vale lembrar que a onda de manifestações começou no domingo passado (31), em menor escala, puxadas pelas torcidas organizadas de vários times diferentes, que se manifestaram contra o racismo e contra o presidente.
Neste último domingo (7), as manifestações aconteceram em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Curitiba, Aracaju, Goiânia, Brasília e Porto Alegre. Em Belém, no Pará, enquanto os protestantes estavam chegando pra concentração, a polícia colou e deteve mais de 100 pessoas, por eles estarem descumprindo a ordem de proibição de aglomeração.
Em SP, de acordo com a Secretária Pública de SP, cerca de 32 pessoas foram detidas. Uma dessas pessoas foi a DJ Saskia, que contou sobre o acontecimento em seu Instagram. Já no Rio de Janeiro, 40 pessoas foram detidas, de acordo com a rádio Band. No ato em Porto Alegre, apenas um homem de 59 anos foi levado pela polícia por vandalismo.
"Ninguém aqui é empreendedor de porra nenhuma. Nois é força de trabalho nessa porra."
Entregadores antifascistas.
São Paulo, 07 de junho de 2020. pic.twitter.com/acdq7c613k
— Felipe Larozza (@felipe_larozza) June 8, 2020
O protesto uniu o movimento negro, o movimento feminista e o antifascista. Em São Paulo, diversos entregadores de aplicativos pediram melhores condições de trabalho. Vale lembrar que durante a quarentena, os entregadores continuaram nas ruas entregando compras e comidas na casa das pessoas, muitas vezes, sem máscara ou álcool em gel das empresas.
Rappers
?: Cadu Passos pic.twitter.com/M1lojQuYSF
— Deus (@djongadorge) June 8, 2020
As manifestações em diversos lugares contaram com a galera do rap, que em suas músicas já passam a visão do racismo. Em São Paulo, o ato que aconteceu no Largo da Batata, Mano Brown, Thaíde, Dexter, Ylsão e Big da Godoy colaram. Em BH, o rapper Djonga colou e ainda ajudou a carregar uma faixa com os dizeres “racistas otários, nos deixem em paz”, frase da música “Racistas Otários”, do Racionais MCs. No Rio de Janeiro, Filipe Ret e BK também se juntaram às manifestações.
As pessoas estavam nas ruas protestando contra o racismo, que mesmo numa pandemia, continua tirando a vida de inocentes, como aconteceu como João Pedro, no Rio de Janeiro, Miguel, em Recife, e George Floyd, nos Estados Unidos.